Moraes diz que Vaza Jato é 'questão tormentosa'
"Temos de verificar se [as conversas] têm relação com os fatos e se houve influência ou não [nas decisões judiciais]. Num primeiro momento, os agentes públicos envolvidos disseram que houve vazamento, que aquelas conversas correspondiam a trechos. Num segundo momento, colocaram [a veracidade] em dúvida", destacou o ministro Alexandre de Moraes, do STF
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247 - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), classificou como "questão tormentosa" os vazamentos de conversas entre o ex-juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, e procuradores da força-tarefa da Lava Jato.
Para ele, ainda é cedo para comentar seu teor das conversas divulgadas pelo site The Intercept Brasil, que mostram que Moro e o procurador chefe da força-tarefa, Deltan Dallagnol, secretamente, atuavam para instruir o o processo.
"Temos de verificar se [as conversas] têm relação com os fatos e se houve influência ou não [nas decisões judiciais]. Num primeiro momento, os agentes públicos envolvidos disseram que houve vazamento, que aquelas conversas correspondiam a trechos. Num segundo momento, colocaram [a veracidade] em dúvida", destacou Moraes.
Durante evento em São Paulo sobre governança e democracia promovido pelo canal de televisão Bandnews, nesta segunda-feira (17), o ministro afirmou a jornalistas que a "avaliação do que foi conversado depende de todo o material ser divulgado e de ser atestada a sua autenticidade e veracidade".
"Com o que se coloca a conta-gotas não é possível ter uma visão de conjunto. É de interesse público que a sociedade saiba, mas do todo", afirmou.
Apesar do fato ainda estar sob investigação, Moraes criticou a suposta invasão "que ocorreram nos telefones de agentes públicos" e disse que "são criminosas". O ministro afirmou que somente após perícia será possível avaliar se houve manipulação e se o teor das conversas demonstra irregularidades.
"Não é possível analisar o conjunto dos fatos por essas divulgações [já feitas]. Nem dizer que é bom nem que não é. Segundo os próprios jornalistas, ainda não foi divulgado nem 2% do material", disse.
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