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Moro e Dallagnol assumem a sua parcialidade ao optarem por um partido de centro-direita, diz Afranio Jardim

“Lava Jato foi uma das principais culpadas do fascismo ou da extrema-direita chegar ao poder no Brasil”, enfatizou o jurista e professor Afranio Silva Jardim

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247 - Em entrevista ao programa Estado de Direito, da TV 247, o jurista Afranio Silva Jardim, um dos maiores processualistas do país, citado em mais de cem acórdãos no Supremo Tribunal Federal, comentou a filiação do ex-juiz e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro, Sergio Moro ao Podemos e do procurador Deltan Dallagnol, que renunciou ao seu cargo no Ministério Público Federal e deve se filiar a mesma legenda.

“Sempre disse e muitos outros também disseram que a Lava Jato foi uma das principais culpadas do fascismo ou da extrema-direita chegar ao poder no Brasil. Bolsonaro não seria presidente se não tivesse a Lava Jato”, enfatizou o jurista que é professor associado de Direito Processual Penal da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mestre e livre-docente em Direito Processual, além de Procurador de Justiça aposentado.

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“No caminhar disso tudo, eles perceberam e continuaram tanto é que Moro foi ser ministro do presidente Bolsonaro. Eu jamais aceitaria qualquer cargo num governo como esse. Nunca aceitaria participar de um governo de extrema-direita que faz mal ao povo. E ele [Moro] ficou excitadíssimo. Não tinha traquejo político, não verificou que era uma tremenda furada, mas a vaidade”, frisou.

Afranio foi um dos primeiros dos grandes nomes do meio jurídico a se insurgir contra os abusos e irregularidades de Moro da Lava Jato. Ex-apoiador da operação, Afranio denunciou que o ex-presidente Lula não teve direito a um processo penal justo e se disse “indignado” com a atuação do então juiz Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. O jurista pediu publicamente que um artigo do magistrado, publicado em livro que o homenageia, fosse retirado da obra.

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“Não há neutralidade. Num processo penal ou civil quando entra uma questão religiosa ou política não há neutralidade. Ninguém consegue ser neutro. Eu não poderia ser neutro em um processo em que Lula ou Bolsonaro figurarem como réus. E eles [Moro e a Lava Jato] não foram, tanto é que estão optando por um partido de centro-direita”, afirmou.

O jurista lembra do “entusiasmo que tiveram ao denunciar o Lula” e aponta que Dallagnol quase “teve um orgasmo com aquele Powerpoint, tudo evidenciando que eles queriam prender o Lula por vários fatores, até por estrelismo também”. 

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“Na época eles não tinham essa conotação de que no futuro poderiam optar por um partido político, mas tinham uma opção ideológica. E agora ficou claro que a ideologia deles é de centro-direita, daí porque eles vibraram com a retirada de Lula da competição eleitoral”, acrescentou.

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