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Moro fará com Duque o mesmo que fez com Costa

Ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, será submetido à pressão máxima; além de preso preventivamente, ele também terá seus familiares investigados; é a mesma estratégia aplicada em relação a Paulo Roberto Costa, que só aceitou fazer delação premiada depois que sua esposa e suas filhas foram ameaçadas de prisão; ao justificar seu pedido de prisão, juiz federal responsável pelas investigações da Lava Jato, Sérgio Moro afirmou que Duque mantém uma "fortuna em contas secretas"

Ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, será submetido à pressão máxima; além de preso preventivamente, ele também terá seus familiares investigados; é a mesma estratégia aplicada em relação a Paulo Roberto Costa, que só aceitou fazer delação premiada depois que sua esposa e suas filhas foram ameaçadas de prisão; ao justificar seu pedido de prisão, juiz federal responsável pelas investigações da Lava Jato, Sérgio Moro afirmou que Duque mantém uma "fortuna em contas secretas" (Foto: Gisele Federicce)
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247 – O ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, preso na última sexta-feira 14 no âmbito da nova fase da Operação Lava Jato, sofrerá pressões parecidas com as de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal e atual delator do esquema de corrupção em contratos da empresa.

Ao justificar a prisão de Duque, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato, afirmou que, assim como Costa e Pedro Barusco, que já fizeram acordos de delação premiada, o ex-diretor de Serviços da Petrobras também mantém uma fortuna em contas secretas no exterior. "Com a diferença de que os valores ainda não foram bloqueados, nem houve compromisso de devolução", afirmou.

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Acusado de envolvimento no esquema da Lava Jato, Costa foi preso duas vezes esse ano, mas solto no dia 1º de outubro para cumprir prisão domiciliar depois de aceitar fazer acordo de delação premiada com a Justiça. O acordo, no entanto, só foi acertado depois que sua esposa, filhas e genros foram ameaçados de prisão.

Os funcionários e executivos das empreiteiras investigadas na Lava Jato presos na sexta-feira 14, entre eles o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, já demonstraram num primeiro momento não quererem colaborar, mas alguns fatos, como o prolongamento de suas prisões – eles já tiveram habeas corpus negados pela 1ª e pela 2ª instância da Justiça – podem fazê-los mudar de ideia. Para os que contribuírem, a polícia estaria disposta a oferecer até o regime domiciliar.

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Outro caminho é a pressão sobre familiares, segundo autoridades ligadas à investigação. Os presos são forçados a assinar acordos para entregar provas de crimes em troca de redução de penas, mesma estratégia usada – e que funcionou – com Paulo Roberto Costa. Já forma realizadas buscas e de documentos nas residências dos executivos, a fim de que a política trace quadro sobre os bens e as atividades das famílias e assim identificar eventuais participações no esquema.

O fato de que os familiares estão na mira da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, sob risco de terem bens bloqueados, serem convocados a depor e possivelmente até presos deve influenciar fortemente na decisão dos detidos para que fechem o acordo de delação premiada e passem a colaborar na entrega de informações sobre o esquema. Nos primeiros depoimentos, os executivos e funcionários das empresas negaram qualquer participação, mas podem mudar de ideia de acordo com as descobertas da PF.

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