Moro tenta desqualificar suspeita de inclusão de prova na Lava Jato: seria esquizofrenia, não parcialidade
Ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, usou de ironia para tentar desqualificar a troca de mensagens revelada pela reportagem do The Intercept-Veja onde ele pede que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato incluam uma prova contra um réu ; “Relativamente a esse caso houve absolvição. Eu absolvi. Vou pedir para incluir fato na denúncia e depois absolver? Não é nem questão de parcialidade. É esquizofrenia”, disse
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247 - O ministro da Justiça, Sérgio Moro, usou de ironia para tentar desqualificar a troca de mensagens revelada pela reportagem do The Intercept-Veja onde ele pede que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato incluam uma prova contra um réu nos processos da operação. Segundo Moro, se os diálogos “fossem verdade", mostrariam esquizofrenia da parte dele, e não parcialidade.
“Relativamente a esse caso houve absolvição. Eu absolvi. Vou pedir para incluir fato na denúncia e depois absolver? Não é nem questão de parcialidade. É esquizofrenia”, disse Moro sobre o caso.
Segundo a reportagem, em uma das conversas por meio do aplicativo Telegram, o procurador e coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, teria dito à procuradora Laura Tessler ter recebido orientações de Moro para que fosse incluída uma informação referente a um depósito, feito a Eduardo Musa, então funcionário da Petrobrás, na denúncia feita pelo réu Zwi Skornicki. Skornicki era representante do estaleiro Keppel Fels e é apontado como operador de propina do esquema. Posteriormente, Skornicki se tornou um dos delatores da Lava Jato.
"Laura no caso do Zwi, Moro disse que tem um depósito em favor do [Eduardo] Musa e se for por lapso que não foi incluído ele disse que vai receber amanhã e da tempo. Só é bom avisar ele", escreveu Dallagnol no aplicativo. "Ih, vou ver", respondeu a procuradora em seguida.
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