Mourão “fere decoro do cargo” ao venerar o torturador Ustra, diz Comissão Arns
"Não é de hoje que autoridades do atual governo exaltam a figura macabra do ex-chefe do DOI-Codi, de cujos porões emergiram inesquecíveis relatos de terror contra brasileiros", diz nota da Comissão, lembrando ainda que, segundo a Constituição, "tortura é crime inafiançável, insuscetível de graça ou anistia"
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Revista Fórum - A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns – divulgou nota de repúdio nesta sexta-feira (10) à declaração do vice-presidente, general Hamilton Mourão, que em entrevista ao programa Conflict Zone, da TV alemã Deutsche Welle, classificou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais notórios torturadores da ditadura, como “homem de honra e que respeitava os direitos humanos de seus subordinados”.
“Ao proferir tais elogios, Hamilton Mourão conspurca, de saída, a honra dos militares brasileiros. Ao fazê-lo na condição de vice-presidente, constrange a Nação e desrespeita a memória dos que tombaram sob Ustra. E, ao insistir em reverenciar o carrasco, fere mais uma vez o decoro do cargo em que foi investido sob juramento de respeitar a Constituição. É ela que nos ensina: ‘Tortura é crime inafiançável, insuscetível de graça ou anistia’”, diz a nota, encabeçada por Margarida Genevois, presidente de honra da Comissão Arns.
No texto, a Comissão lembra que a Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo, liderada por Dom Paulo Evaristo Arns, reuniu mais de 500 denúncias de tortura no DOI-Codi comandado por Ustra.
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