MP acusa Helena Witzel de receber R$ 554 mil propinas
O escritório de advocacia, que não tinha nenhum outro funcionário, recebeu R$ 554 mil suspeitos de ser propina para o seu marido entre 13 de agosto de 2019 a 19 de maio de 2020
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DO BR2pontos – O Ministério Público Federal (MPF) afirma que o escritório de advocacia da primeira-dama Helena Witzel era utilizado para intermediar o pagamento de propina para o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), que foi afastado do cargo nesta sexta-feira (28).
O escritório, que não tinha nenhum outro funcionário, recebeu R$ 554 mil suspeitos de ser propina para o seu marido entre 13 de agosto de 2019 a 19 de maio de 2020. Desse montante, R$ 74 mil foram repassados diretamente para o governador. O casal está entre os denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção na área da saúde.
Segundo a PGR, o governo do Rio de Janeiro estabeleceu um esquema de propina para a contratação emergencial e para liberação de pagamentos a organizações sociais (OSs) que prestam serviços ao governo, especialmente nas áreas de Saúde e Educação.
Nesta sexta, a primeira-dama Helena Witzel foi alvo de mandado de busca e apreensão no palácio das Laranjeiras. A ação da Polícia Federal, batizada de Tris in Idem, é decorrência das investigações da Operação Favorito e da Operação Placebo — ambas realizadas em maio, e da delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário de Saúde.
A defesa de Helena Witzel disse que prefere não se posicionar enquanto não tomar conhecimento integral do que justificou essa nova ação de busca e apreensão em que nada foi encontrado. Ainda segundo a defesa, a operação é criticável sob todos os aspectos.
O escritório de advocacia da primeira-dama, segundo MPF, foi contratado “para operacionalizar a prática de corrupção e posterior lavagem de capitais”.
A Unidade de Inteligência Financeira (UIF) (antigo Coaf) constatou que o escritório recebeu R$ 554 mil, sendo: R$ 280 mil do Hospital Jardim Amália (Hinja), R$ 112,6 mil da DPAD Serviços Diagnósticos LTDA – ME (Bioslab), R$ 59,3 mil da Cootrab Cooperativa Central de Trabalho, R$ 102,2 mil da Qualiclínicas Gestão e Serviços de Saúde.
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