MP de Contas quer explicações do Itamaraty sobre 'fuga' de Weintraub com passaporte diplomático
Para o sub-procurador do Ministério Público de Contas, Lucas Furtado, houve desvio de finalidade por parte da pasta comandada por Ernesto Araújo, já que o ingresso de Weintraub em Miami, nos EUA, sem caráter oficial, só ocorreu graças ao passaporte diplomático
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247 - O Ministério Público de Contas ingressou com uma representação ao junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que a Corte apure uma possível participação do Itamaraty na fuga do ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, para os Estados Unidos no último sábado.
Para o sub-procurador Lucas Furtado, houve desvio de finalidade por parte da pasta comandada por Ernesto Araújo, já que o ingresso de seu colega em Miami, sem caráter oficial, só ocorreu graças ao passaporte diplomático.
Furtado reforça que a viagem não tinha nenhum caráter oficial, “o que lhe retira a finalidade pública” e, por isso, o passaporte diplomático não poderia ter sido utilizado como justificativa para o então ministro ingressar no país.
Por conta do fechamento das fronteiras dos EUA, está restrita a entrada e saída por causa da pandemia do novo coronavírus. Com isso, somente com o passaporte diplomático Weintraub adquiriu a condição para desembarcar no país.
Somente após a confirmação de que o ex-ministro estava em solo norte-americano, o governo Bolsonaro publicou a exoneração no Diário Oficial da União (DOU).
O procurador também pede que o TCU investigue se houve gasto de dinheiro público com a viagem do ministro. “Se houve o emprego de valores públicos em qualquer fase desta viagem, esses recursos foram indevidamente empregados e deverão ser ressarcidos ao erário”, destaca o sub-procurador.
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