CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

MPF classifica como "retrocesso” MP de Bolsonaro sobre contratação de deficientes

A MP de Bolsonaro modifica a Lei das Cotas, em vigor há 28 anos, determina que empresas com mais de 100 funcionários reservem entre 2% e 5% das vagas em seus quadros para a contratação de pessoas com deficiência

(Foto: Manu Dias / GOVBA)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Em nota técnica encaminhada ao Congresso Nacional, o Ministério Público Federal (MPF) se posicionou contra o projeto de lei 6.159/2019, proposto por Jair Bolsonaro, que desobriga a contratação de pessoas com deficiência.

Para a procuradora Federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat, que assina o documento, as medidas representam um “grave retrocesso” nos direitos sociais historicamente assegurados a pessoas com deficiência e, por esse motivo, deve ser rejeitado.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A MP de Bolsonaro modifica a Lei das Cotas, em vigor há 28 anos, determina que empresas com mais de 100 funcionários reservem entre 2% e 5% das vagas em seus quadros para a contratação de pessoas com deficiência.

A procuradoria aponta que a media cria excludentes no cálculo de vagas para se fazer reserva legal a pessoas com deficiência. Pelo texto, vagas com jornada de trabalho inferior a 26 horas – justamente as mais procuradas por pessoas com deficiência – não poderão ser computadas, bem como aquelas destinadas a atividades perigosas.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

A procuradora ressaltou que o auxílio-inclusão é uma forma de incentivar as pessoas com deficiência que dependem da assistência social a entrarem no mercado de trabalho e, com isso, facilitar a sua inclusão social.

“Verifica-se, pois, que o projeto é absolutamente danoso aos direitos das pessoas com deficiência já conquistados ao longo de décadas. Ele destina a tais pessoas um tratamento indigno, pois deixa explícito que a sua presença no ambiente de trabalho é um peso que pode ser evitado pela empresa”, destaca.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

“O projeto desconsidera que as cotas não se prestam apenas à ‘inserção’ no mercado de trabalho, mas principalmente à promoção da diversidade no ambiente de trabalho e ao cumprimento do direito fundamental das pessoas com deficiência ao trabalho“, acrescenta.

O projeto foi encaminhado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em novembro.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO