Não quero que meus filhos cresçam no Brasil, diz refugiada congolesa
"Mesmo eles tendo nascido no Brasil, eu não vejo meus filhos crescendo aqui", disse Prudence Kalambay, 41, após a morte do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 24
247 - Mãe de cinco filhos, entre eles dois meninos, a refugiada congolesa Prudence Kalambay, 41, disse não querer que eles cresçam no Brasil, após o espancamento do jovem congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, 24, em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, no dia 24 de janeiro.
"Mesmo eles tendo nascido no Brasil, eu não vejo meus filhos crescendo aqui. Essas coisas doem. Essa mãe [de Moïse] nunca imaginava que ia perder o seu filho assim. O menino não foi roubar. Mesmo se roubasse, ninguém tem o direito de tirar a vida da outra pessoa, existe lei", disse Prudence. Os relatos dela foram publicados em reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
A congolesa também demonstrou preocupação com a filha mais velha, nascida na República Democrática do Congo, e está na casa dos 20 anos. "A minha filha mais velha vai completar 21 anos este ano. Ele [Moïse] poderia ser meu filho, um menino congolês", afirmou.
Um vídeo gravado por uma câmera de segurança do quiosque Tropicália, na Praia da Barra da Tijuca, mostrou a ação dos homens contra o congolês. Três rapazes foram presos.
Abaixo, a homenagem do menino João Pedro Autista, desenhista do 247, a Moise Kabamgabe:
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