Nassif: O maior fake news foi a criação do fantasma do fake news
O jornalista Luis Nassif observa que "o país tem imensa dificuldade em analisar fenômenos novos, de ruptura". Para ele, isso "é o que explica as manifestações virulentas do Ministro Luiz Fux – um penalista no sentido mais restrito do termo – ameaçando com o fogo do inferno os geradores de fake news, apresentado por ele como a última grande ameaça à democracia"; em sua análise, "a manobra mais ostensiva consiste em recorrer ao vocábulo fake news, por si só uma manifestação de ódio. Hoje em dia, pode-se desqualificar qualquer informação com o carimbo de fake news"
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247 - O jornalista Luis Nassif observa que "o país tem imensa dificuldade em analisar fenômenos novos, de ruptura". Para ele, isso "é o que explica as manifestações virulentas do Ministro Luiz Fux – um penalista no sentido mais restrito do termo – ameaçando com o fogo do inferno os geradores de fake news, apresentado por ele como a última grande ameaça à democracia". "Fux convocou Ministério Público Federal, Polícia Federal, Gabinete de Segurança Institucional para a grande frente destinada a fazer busca e apreensão nas casas dos geradores de boatos, antes que eles fossem divulgados. Ou seja, instituir a censura prévia", ressalta.
Nassif relembra que "a campanha contra os fake news foi deflagrada por uma pesquisa fake propagada por blogs ligados à Atlantic Council – um escritório de lobby nos Estados Unidos – com a intenção de controlar o conteúdo nas redes sociais" e ressalta que "quando surgem novas mídias há uma desorganização no mercado de informações".
Para ele, "o fenômeno novo, diz ele, é o discurso de ódio contra as opiniões divergentes, no qual a manobra mais ostensiva consiste em recorrer ao vocábulo fake news, por si só uma manifestação de ódio. Hoje em dia, pode-se desqualificar qualquer informação com o carimbo de fake news". Uma coisa é o perfil falso em redes sociais e o discurso de ódio, que nada tem a ver com o mercado de notícias. Outra coisa são as opiniões e discussões que devem ser as mais abertas e plurais possíveis, porque este é um princípio da civilização", avalia.
Leia a íntegra da análise no GGN.
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