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Odebrecht também pagou por “favores” no setor privado

Agentes públicos não foram os únicos beneficiários dos pagamentos da Odebrecht; delações dos executivos da empresa revelam que a empreiteira também fez pagamentos irregulares no setor privado; beneficiários teriam sido representantes da Santa Casa do Rio e da Light, além de um advogado e um empresário

Sede Odebrecht (Foto: Giuliana Miranda)
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247 - O "departamento da propina" da Odebrecht não teria sido usado só para beneficiar agentes públicos.

EM suas delações, executivos declararam em delação que também fizeram pagamentos irregulares ao setor privado. Os beneficiários teriam sido representantes da Santa Casa do Rio e da Light, além de um advogado e um empresário.

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As informações são de reportagem de Italo Nogueira na Folha de S.Paulo.

"A tratativa mais trabalhosa, de acordo com os relatos, ocorreu junto a Dahas Zarur, ex-provedor da Santa Casa morto há dois anos. Ele teria cobrado R$ 2 milhões para assinar um contrato de venda de terrenos em Botafogo que já havia sido aprovado pelo órgão colegiado da instituição. Recebeu o codinome de "Gás Sagrado" da empresa.

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'Sagrado por causa da Santa Casa. Gás porque o dr. Zarur, apesar de ter 80 e tantos anos, tinha um gás para o trabalho... Chegava cedo, saía tarde', disse Antônio Pessoa de Souza Couto, diretor-superintendente da Odebrecht Realizações no Rio.

De acordo com ele, a proposta da empresa foi aprovada em março de 2007, mas Zarur postergou a assinatura do contrato. Mais de um mês depois, ele solicitou o dinheiro.

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O primeiro pagamento teria ocorrido em setembro de 2013, quando o empreendimento não havia saído do papel. A parcela inicial teria sido quitada próximo do afastamento de Zarur do comando da Santa Casa, sob suspeita de transações irregulares de imóveis da instituição.

Esta negociação gerou outro pagamento por meio do caixa dois da empresa. O advogado José Pontes foi contratado, segundo Couto, para garantir os interesses da Odebrecht nos processos de encerramento de contrato dos locatários que ocupavam os imóveis vendidos pela Santa Casa à empreiteira.

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De acordo com o executivo, ele recebeu R$ 1,05 milhão em dinheiro sem emissão de nota fiscal. Recebeu o apelido de "Japonês Voador".

A empresa também declarou ter pagado a um ex-executivo da Light para reduzir em R$ 8 milhões dívida que a Supervia (concessionária dos trens do Rio controlada pela Odebrecht) tinha com a concessionária de energia."

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