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Para cientista político, “o rei está morto, mas não enterrado”

Cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) Fernando Abrucio afirma que os protestos e conflitos ocorridos em Brasília nesta quarta-feira (24) atestam que o governo Michel Temer está se "desmilinguindo a olhos nus" e o que "a classe política discute agora é como será feita a transição, com qual método e quais pessoas. O rei está morto, mas não enterrado"; "Quanto mais tempo ele ficar, haverá mais desrespeito à ordem pública porque aumenta o clima de descontentamento", avalia; ele ressalta, ainda, que em uma eventual saída de Temer "o melhor seria seguir a Constituição e fazer eleição indireta", contrariando o desejo de milhões de brasileiros

Cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) Fernando Abrucio e Michel Temer .2 (Foto: Paulo Emílio)
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247 - Para o cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) Fernando Abrucio os protestos e conflitos ocorridos em Brasília nesta quarta-feira (24) atestam que o governo Michel Temer está se "desmilinguindo a olhos nus". "Temer não tem mais condições de governabilidade. O que a classe política discute agora é como será feita a transição, com qual método e quais pessoas. O rei está morto, mas não enterrado", afirmou.

Abrucio avalia que Temer hesita em renunciar porque "a renúncia é uma confissão de culpa e que o tempo pode impactar nas investigações de que é alvo. Ele e seu grupo têm muitos anos de experiência no poder. São profissionais do campo político, no sentido neutro da palavra, e vão reagir ao máximo em busca de uma saída honrosa", afirmou o cientista político ao jornal Folha de São Paulo.
Para ele, uma "saída honrosa" seria temer deixar o poder por meio do julgamento da ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pode cassar a chapa Dilma-Temer no dia 6. Caso insista em permanecer no poder, porém, Abrucio analisa que "a bola de neve vai ficar maior a cada dia. Amanhã a bolsa vai estar pior, o dólar vai subir mais, e o Congresso, que já é impopular, vai ficar mais instável. Mas há ainda uma consequência mais grave que a econômica: a crescente descrença no sistema político. Quanto mais tempo ele ficar, haverá mais desrespeito à ordem pública porque aumenta o clima de descontentamento".

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Ele ressalta, ainda, que em uma eventual saída de Temer "o melhor seria seguir a Constituição e fazer eleição indireta. Uma das razões pelas quais não apoio a eleição direta é que me parece um passo para a instabilidade. Precisamos de voto, mas fazer isso sem eleições gerais, deixando o país nas mãos do Rodrigo Maia [presidente da Câmara] durante os meses de campanha não funciona".

Leia a íntegra da entrevista. 

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