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Paulo Roberto quebra o silêncio e nega propina

Na primeira entrevista concedida desde que foi preso, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, nega que tenha havido propinas na construção da refinaria Abreu e Lima; "Não teve superfaturamento"; ele diz que os custos extrapolaram por terem sido mal calculados à época; sobre sua relação com o doleiro Alberto Youssef, diz que se limita a uma consultoria; Costa não denunciou nenhuma empreiteira e, pelo jeito, não se oferece ao papel de "homem-bomba"; será que a Polícia Federal e o juiz Sergio Moro se darão por satisfeitos?

Na primeira entrevista concedida desde que foi preso, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, nega que tenha havido propinas na construção da refinaria Abreu e Lima; "Não teve superfaturamento"; ele diz que os custos extrapolaram por terem sido mal calculados à época; sobre sua relação com o doleiro Alberto Youssef, diz que se limita a uma consultoria; Costa não denunciou nenhuma empreiteira e, pelo jeito, não se oferece ao papel de "homem-bomba"; será que a Polícia Federal e o juiz Sergio Moro se darão por satisfeitos? (Foto: Gisele Federicce)
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247 – Há 13 dias fora da prisão, desde a deflagração da Operação Lava Jato, pela Polícia Federal, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa quebrou o silêncio neste domingo, em entrevista ao jornalista Mario Cesar Carvalho, da Folha de S. Paulo. Investigado por suspeita de corrupção em contratos da estatal, Costa nega ter recebido qualquer tipo de propina para favorecer empresas a obter contratos com a petroleira.

Costa estava preso na carceragem da PF em Curitiba desde o dia 20 de março e solto depois de uma decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a libertação imediata dos 11 presos na operação. O ministro voltou atrás, mas a soltura de Costa foi a única mantida.

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O ex-diretor da Petrobras nega as acusações da PF de que tenha favorecido a empresa Ecoglobal, do doleiro Alberto Youssef, principal alvo da Lava Jato, a obter um contrato de R$ 444 milhões com a estatal. "De maneira alguma. A imprensa tem uma interpretação errônea. Contrato não quer dizer lucro. Você pode conseguir um contrato de R$ 400 milhões e ter um prejuízo de R$ 50 milhões. Jamais tive contato com ninguém da Petrobras sobre a Ecoglobal".

Costa também nega ter recebido propina de R$ 6,25 milhões de uma empresa de navios que trabalha para a Petrobras. "Essa acusação não tem sentido. Não recebi esse dinheiro. A Maersk é a maior empresa de navegação do mundo e, por volta de 1986, 1987, passou a atuar no Brasil no transporte de gasolina e gás. Ela veio por meio de um amigo, o [Wanderley] Gandra. É corretora, como a de imóveis. O broker [corretor] faz a intermediação e negocia a comissão. A empresa não tem nada a ver comigo", disse.

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Na entrevista, Paulo Roberto Costa conta ter conhecido Alberto Youssef em 2007, quando o doleiro assessorava o deputado José Janene, do PP (que morreu em 2010). "Eu sabia que ele tinha participação numa rede de hotéis e numa empresa de turismo", contou. Questionado se sabia de sua atividade como doleiro, respondeu: "soube que ele teve problemas no passado, mas nunca entrei em detalhes sobre isso". Costa disse ter prestado uma consultoria no valor de R$ 300 mil para ele no ano passado.

Sobre a refinaria Abreu e Lima, projeto mais caro da Petrobras, ele nega ter havido superfaturamento e diz que os custos da obra de Pernambuco extrapolaram por terem sido mal calculados pela estatal à época. "Não teve superfaturamento. A Petrobras errou. Divulgou o valor de US$ 2,5 bilhões sem saber quanto a refinaria iria custar, sem ter um projeto", disse.

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