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Pazuello rebate Gilmar Mendes e nega militarização da Saúde

“Se ele entender que tem de conhecer o ministério, verificar o trabalho que estamos fazendo e assim mesmo achar que é um genocídio, é direito dele. Mas faço questão de mostrar tudo. Ele vai ver, inclusive, que não existe militarização do ministério”, afirmou o ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuelo

Eduardo Pazuello e Gilmar Mendes (Foto: Alan Santos/PR | Nelson Jr./SCO/STF)

247 - Uma semana depois do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, criticar duramente as Forças Armadas, por participarem do desmonte do Ministério da Saúde, em plena pandemia de coronavírus, o chefe interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello disse em entrevista à revista Veja que conversou com o ministro do Supremo. 

Segundo ele, o tema da conversa foi a declaração de que “o Exército está se associando a um genocídio” feita por Gilmar por causa do alto número de mortes decorrente da pandemia da Covid-19.

Pazuello afirmou não ter se incomodado com a fala do ministro do STF, mas classificou a declaração dele como “mal colocada” e fruto de “informações truncadas”. 

“Quem são os genocidas? Os 5.000 funcionários do ministério? Os dezoito oficiais que eu trouxe para trabalhar comigo?”, questionou o general.

“Se ele entender que tem de conhecer o ministério, verificar o trabalho que estamos fazendo e assim mesmo achar que é um genocídio, é direito dele. Mas faço questão de mostrar tudo. Ele vai ver, inclusive, que não existe militarização do ministério”, complementou o Pazuello.

Pazuello ainda minimizou a conduta de Jair Bolsonaro em meio à pandemia, recomendando o não uso de máscaras e a flexibilização das medidas de isolamento.

“Talvez não seja tão negativo ter uma pessoa dizendo que não precisa ter esse temor todo. Dá um pouco de esperança de que a vida pode ser normal, de que dá para manter alguma atividade econômica, para as pessoas não morrerem em casa, com medo”, disse o general.