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Pazuello ter seguido ordens de Bolsonaro não o isenta de culpa, diz Celso Amorim

De acordo com o ex-ministro, o julgamento de Nuremberg mostrou que a hierarquia não serve como justificativa para cometer crimes contra a humanidade: “esse argumento de ‘recebi ordem’ vai até certo ponto”. Assista na TV 247

Eduardo Pazuello e Celso Amorim (Foto: Divulgação)
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247 - O ex-ministro Celso Amorim, em entrevista à TV 247, avaliou a possibilidade de o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello utilizar como argumento na CPI da Covid o fato de somente ter obedecido ordens de Jair Bolsonaro no que diz respeito à política de incentivar o uso de cloroquina como medicamento para tratamento precoce da Covid-19.

Segundo Amorim, o julgamento de Nuremberg - tribunal militar internacional que julgou crimes de guerra e contra a humanidade cometidos pelo alto escalão do exército alemão nazista durante a Segunda Guerra Mundial - liquidou a isenção de culpa de militares mediante a argumentação de que estariam apenas seguindo ordens superiores. “Veja bem, ele era ministro. Você pode se demitir do cargo de ministro, você não é obrigado a ficar. Se ele fosse general, em uma guerra, e recebesse a ordem para dar um tiro, seria mais difícil. Mesmo assim, se você achar que é absurdo você não faz. Tanto é assim que ninguém que alegou esse motivo de ter recebido ordem foi isento de culpa no julgamento de Nuremberg. Então esse argumento de ‘recebi ordem’ vai até certo ponto. Crimes contra a humanidade não podem, de jeito nenhum, ser aceitos”. A política de Bolsonaro durante a pandemia, para Amorim, “é um crime contra a humanidade. São milhares e milhares de pessoas que foram mortas por uma orientação errada”.

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Além disso, segundo o ex-ministro, Pazuello ocupava no Ministério da Saúde um cargo político e poderia ter deixado o posto quando quisesse. “Uma vez que ele é ministro da Saúde, ele não é militar. Ele está exercendo um cargo político, e ele pode sair, simplesmente. Pode sair dizendo que não pode cumprir aquela determinação ou pode até alegar um outro motivo qualquer, isso é muito comum. As pessoas em situações muito menos dramáticas fazem isso. ‘Ele manda e eu obedeço’ não existe”.

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