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PEC da Bengala é mais uma "das inúmeras falcatruas cometidas pela direita brasileira", diz Celso Rocha de Barros

“O objetivo de Kicis e Bolsonaro é claro: seguir, no Brasil, o roteiro de desmonte da democracia implementado pelos governos autoritários que os inspiram, como os da Hungria e da Polônia", afirma o sociólogo

Jair Bolsonaro durante reunião com Deputada Bia Kicis (Foto: Carolina Antunes/PR)
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247 - O sociólogo Celso Rocha de Barros escreve, em sua coluna na Folha de S. Paulo, que a aprovação da revogação da chamada PEC da Bengala pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, apresentada pela deputada bolsonarista Bia Kicis, faz parte "das inúmeras falcatruas cometidas pela direita brasileira". "Para evitar que Dilma Rousseff exercesse seu direito de indicar mais ministros para o STF, o Congresso ampliou a idade de aposentadoria compulsória dos ministros para 75 anos. Agora que a direita governa o país, a turma quer reduzir de novo a idade de aposentadoria para 70, de modo a permitir que Bolsonaro indique mais dois ministros”, afirma.

“O objetivo de Kicis e Bolsonaro é claro: seguir, no Brasil, o roteiro de desmonte da democracia implementado pelos governos autoritários que os inspiram, como os da Hungria e da Polônia. Os 'novos autoritários' já descobriram faz tempo que o caminho mais curto para desmontar a democracia é o aparelhamento da Suprema Corte”, avalia o colunista. “Mas não foram só os extremistas de Bolsonaro que votaram a favor da proposta de Kicis. O centrão e mesmo deputados de partidos com pretensão à 'terceira via’ (PSDB, PDT, Cidadania) também votaram a favor”, complementa.

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“O objetivo é retaliar o STF pela suspensão do orçamento secreto, esquema de compra de votos que Arthur Lira opera em nome do governo Bolsonaro. Em 2021, os recursos destinados pelo orçamento secreto já somam R$16,8 bilhões”, ressalta Rocha de Barros. Ainda segundo ele, “a crise institucional dos últimos dias mostra como o autoritarismo de Bolsonaro e a corrupção do centrão anabolizaram um ao outro. Os corruptos ameaçam o STF com autoritarismo se seus crimes forem investigados. Os golpistas não foram impichados depois do 7 de Setembro porque compraram os corruptos. No Brasil de Bolsonaro, separar os fascistas dos ladrões é, cada vez mais, um exercício acadêmico”.

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