PF cita STF, ex-ministros da Justiça e advogados em obstrução judicial
A Polícia Federal citou o ex-presidente do STF Nelson Jobim e o atual ministro da Corte Ricardo Lewandowski como envolvidos em um esquema de obstrução judicial nas investigações da Operação Lava Jato. Advogados também são citados
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247 - A Polícia Federal citou o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim e o atual ministro da Corte Ricardo Lewandowski como envolvidos em um esquema de obstrução judicial nas investigações da Operação Lava Jato.
Ao inquirir Marcelo Odebrecht, a corporação pergunta quem teria substituído Márcio Thomaz Bastos como figura importante que transitava nos meios jurídicos e políticos de alto escalão.
Confira um trecho do diálogo revelado pelo site Migalhas:
Polícia Federal – Mas esse papel de gestão estratégica que ele [Márcio Thomaz Bastos] tinha... Ninguém...?
Marcelo Odebrecht – Não... Que eu saiba ninguém assumiu, não...
Polícia Federal – Ficou em déficit.
Marcelo Odebrecht – Eu acho que ficou em déficit. Porque ele era um cara que falava...
Polícia Federal – NELSON JOBIM?
Marcelo Odebrecht – Eu acho que não... NELSON... As pessoas procuraram acionar ele como acionaram outros... Eu acho que esse papel de tentar ser o interlocutor de várias empresas e tentar coordenar uma solução geral... Acho que depois que o Márcio faleceu, ninguém assumiu não...
Em um email, o empreiteiro também pergunta para um diretor da empresa se ex-presidente Lula não teria como “acionar” o ministro do STF Ricardo Lewandowski. De acordo com o empresário, “circula muito que o LEWANDOSKI seria padrinho de LULA...”.
Depois Marcelo Odebrecht refere-se a Luiz Marinho, e afirma: “a informação que a gente tinha é que quem era o interlocutor do LEWANDOWSKI não era o LULA diretamente, era o LUIZ MARINHO...”.
Um delegado pergunta se houve ilícito. Marcelo Odebrecht responde que não.
PF – O senhor sabe se houve sucesso nisso aqui? Ou se houve ilicitude? Não foi uma medida que o senhor tratou...
MO – Não... Não fui eu que tratei...
Segundo a reportagem advogados também foram citados. "Adefesa dos clientes é, na visão da PF, uma ameaça à Lava Jato, e por isso deve ser escrutinada. Nesse sentido, a PF cita nomes dos advogados Pedro Estevam Serrano, Dora Cavalcanti e Augusto de Arruda Botelho. Menciona-se também o ex-ministro José Eduardo Cardozo e o ex-secretário executivo da Casa Civil, Beto Ferreira Martins Vasconcelos", destaca a matéria.
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