PF cobra de Heleno provas de insatisfação de Bolsonaro
A Polícia Federal cobrou do general Augusto Heleno informações sobre as supostas dificuldades que Bolsonaro disse enfrentar na escolha de nomes na sua segurança e de seus familiares
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247 - Por meio de ofício encaminhado ao Planalto, os investigadores da Polícia Federal cobraram do ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, informações sobre reclamações ou dificuldades na escolha de nomes na segurança de Jair Bolsonaro e de seus familiares.
Os investigadores fizeram quatro pedidos ao ministro para tentar entender se o presidente da República se referia a sua segurança pessoal ao ameaçar mudanças no Rio durante reunião ministerial em 22 de abril. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
Além disso, a PF cobra de Heleno informações sobre as trocas ocorridas no comando da chefia da segurança de Bolsonaro e família no anos de 2019 e 2020 e o detalhamento de "eventuais óbices ou embaraços" a nomes escolhidos para a função.
No vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, divulgado na última sexta-feira (22), Bolsonaro diz que enfrenta dificuldades para trocar membros da equipe de segurança. Moro acusou Bolsonaro de interferência em orgãos de segurança.
Os investigadores cobram ainda de Heleno a lista de trocas de comando na chefia no escritório regional do GSI no Rio e questionam se outras pessoas ligadas a Bolsonaro tiveram acesso a segurança, contrariando a lei 13.844/2019, que limita o serviço ao chefe do Executivo e familiares direto.
O presidente mesmo disse que a segurança dele é responsabilidade do GSI. Mas uma apuração do Jornal Nacional, publicada no dia 15 de maio, mostra que o presidente tinha promovido o responsável pela segurança 28 dias antes da reunião —em vez de demiti-lo. E ainda promoveu, para o lugar dele, o número dois da diretoria.
E, mesmo no Rio de Janeiro, houve troca na chefia do escritório do GSI menos de dois meses antes da reunião ministerial.
Além de pedido ao GSI, a PF também começou a recolher provas ligadas à Superintendência do Rio.
Os investigadores pediram à Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado os relatórios de produtividade da unidade fluminense da corporação.
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