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PF impediu apoio espiritual a reitor que se suicidou

Ao celebrar missa em homenagem ao reitor Luiz Carlos Cancellier, alvo da Operação Ouvidos Moucos da PF e que se matou na semana passada, o padre William Barbosa Vianna fez uma denúncia espantosa: ele e outro religioso foram impedidos ao menos quatro vezes pela Polícia Federal de oferecer apoio ao reitor, que foi preso, algemado nu, submetido a exame interno vexatório e encarcerado sem processo judicial. Segundo o padre, a Polícia Federal também proibiu a Pastoral Carcerária de visitá-lo no dia da prisão, em 14 de setembro

Ao celebrar missa em homenagem ao reitor Luiz Carlos Cancellier, alvo da Operação Ouvidos Moucos da PF e que se matou na semana passada, o padre William Barbosa Vianna fez uma denúncia espantosa: ele e outro religioso foram impedidos ao menos quatro vezes pela Polícia Federal de oferecer apoio ao reitor, que foi preso, algemado nu, submetido a exame interno vexatório e encarcerado sem processo judicial. Segundo o padre, a Polícia Federal também proibiu a Pastoral Carcerária de visitá-lo no dia da prisão, em 14 de setembro (Foto: Paulo Emílio)
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Raquel Wandelli dos Jornalistas Livres - Ao celebrar missa em homenagem ao reitor Luiz Carlos Cancellier hoje pela manhã, no Templo Ecumênico da UFSC, o padre William Barbosa Vianna fez uma denúncia espantosa: ele e outro religioso foram impedidos ao menos quatro vezes pela Polícia Federal de oferecer apoio ao reitor, que foi preso, algemado nu, submetido a exame interno vexatório e encarcerado sem processo judicial. Segundo o padre, a Polícia Federal também proibiu a Pastoral Carcerária de visitá-lo no dia da prisão, em 14 de setembro.

Em seguida, quando a prisão de Cao Cancellier foi relaxada, mas a juíza o manteve exilado da universidade e recolhido em reclusão domiciliar noturna, os padres novamente tentaram socorrê-lo, sabendo de seu abalo emocional, mas não obtiveram permissão para visitá-lo. "É preciso lembrar que o direito à assistência religiosa é garantido pelo artigo V da Constituição", afirmou William, assessor da Pastoral Universitária da UFSC, fazendo uma revelação que assombrou a própria família do reitor, levado ao suicídio por um espantoso processo de linchamento moral. Até então, sabia-se apenas que Cancellier estava privado do apoio de amigos, principalmente de pessoas de sua convivência na gestão da universidade.

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As cerca de 200 pessoas aplaudiram de pé quando o irmão do reitor, Júlio Cancelier, se disse chocado e surpreendido com a recusa ao direito de ajuda espiritual e solicitou à reitora em exercício, Alacoque Lorenzini Erdmann, que apure a verdade e instaure processo para averiguar as calúnias apresentadas contra o reitor no processo calunioso patrocinado pela Polícia Federal, Corregedoria da UFSC e grande parte da mídia comercial. William Vianna, que além de padre é professor e chefe do Departamento de Ciências da Informação da UFSC, disse com clara consternação que há muitos anos a Pastoral Carcerária já vem avisando sobre os abusos nas revistas vexatórias a mães, filhas e familiares em geral dos presos. Com visível consternação, leu o artigo V da Constituição, inciso VII: "É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva".

Na terça-feira, às 14 horas, haverá Reunião do Conselho Universitário para decidir a continuidade da gestão. Como o professor faleceu antes de completar metade do mandato, é possível que sejam convocadas novas eleições, embora haja polêmica na interpretação do estatuto. A cerimônia foi organizada pelo Grupo de Oração Universitária e Pastoral da Juventude e teve a participação do Grupo Shalon, e Emaús como símbolo da pluralidade e interculturalidade religiosa que deve reinar na UFSC. Uma ampla frente de forças progressistas chamada "Floripa contra a exceção" está se mobilizando para fazer do suicídio do reitor um caso exemplar contra o estado terrorista e fascista que pratica o desrespeito total aos direitos de defesa e usa campanhas de difamação para atacar as instituições públicas. "Queremos a volta da democracia e do estado democrático de direito", afirmou o professor e diretor do Centro de Ciências Jurídicas, Ubaldo Baltazar.

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