CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

PF irá indiciar fazendeiros por incêndios no Pantanal

Enquanto Jair Bolsonaro culpa índios e ONGs pelas queimadas no País, a PF tem informações que considera suficientes para indiciar ao menos quatro fazendeiros pelo fogo que destrói a vegetação na região da Serra do Amolar, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. A corporação também colheu depoimentos de trabalhadores das fazendas e de moradores

Jair Bolsonaro e militares apagando foto no Pantanal (Foto: PR | TC Blondé/Exército Brasileiro)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - A Polícia Federal tem informações que considera suficientes para indiciar ao menos quatro fazendeiros pelas queimadas na região da Serra do Amolar, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. A corporação também colheu depoimentos de trabalhadores das fazendas e de moradores. De acordo com a análise dos peritos, os focos de incêndio tiveram início no dia 30 de junho, quase na mesma hora, em quatro propriedades localizadas na região oeste do rio Paraguai. 

Desde o início do ano, foram registrados 3.415 focos de incêndio em todo o bioma do Pantanal, que abrange dos estados de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso. É o maior número desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) passou a monitorar as queimadas. No último dia 14, o governo do Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência, reconhecida pelo governo federal na mesma data.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Testemunhas afirmaram que dias antes de mandar seus funcionários colocar fogo nas propriedades, os fazendeiros providenciaram a retirada de todo o gado.

Entre janeiro e agosto deste ano foram aplicados R$ 3,77 milhões em multas por incêndios que resultaram em danos ambientais no MS, de acordo com o Instituto de Meio Ambiente do estado (Imasul). O valor é 43% superior aos R$ 2,34 milhões em multas lavradas durante todo o ano passado.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Os recordes de queimadas são agravados pela postura de Jair Bolsonaro, que insiste em negar o problema e culpa índios e ONGs. Em discurso pela Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (22), ele disse haver uma "campanha de desinformação" contra a política ambiental do seu governo. Também voltou a dizer que, no caso da Amazônia, a floresta não pega fogo por ser úmida. 

As críticas à gestão do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,  aumentaram a partir do segundo trimestre deste ano, após a divulgação de conteúdo de um vídeo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril, quando Salles sugeriu que o governo deveria aproveitar a atenção da imprensa voltada à pandemia de Covid-19 para aprovar "reformas infralegais de desregulamentação e simplificação" na área do meio ambiente e "ir passando a boiada".

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Depois um levantamento publicado pelo jornal Folha de S.Paulo  em parceria com o Instituto Talanoa mostrou que, entre março e maio deste ano, o governo publicou 195 atos no Diário sobre o meio ambiente. Nos mesmos meses de 2019, foram apenas 16 atos publicados relacionados ao tema, um aumento de 12 vezes.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO