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PGR recorre de decisão que suspendeu ações contra Serra

A Procuradoria-Geral da República (PGR) recorreu de duas decisões do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que travaram investigações da Lava Jato em São Paulo contra o senador José Serra (PSDB-SP)

José Serra (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
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247 - A subprocuradora-geral Lindôra Maria Araújo afirma que Toffoli criou um foro privilegiado ‘por geografia’ ao impedir operação de buscas e apreensões no gabinete de José Serra no Senado. 

Uma das decisões de Toffoli suspendeu ação penal aberta contra Serra e a filha dele Verônica Allende Serra por lavagem de dinheiro. Na outra, o presidente da Corte impediu que a Polícia Federal apreendesse documentos no gabinete do senador em uma ação que apura caixa 2 na campanha do tucano em 2014, informa o jornalista Fausto Macedo em sua coluna no Estadão. 

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Para a PGR, não se justifica interromper as investigações. 

“A possibilidade do encontro de tais provas, contudo, não deve implicar o absoluto impedimento da medida em si, sob pena de se criar uma imunidade sui generis, não prevista na Constituição e contrária à jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”, escreveu a subprocuradora-geral Lindôra Maria Araújo, coordenadora dos processos da Lava Jato na PGR na gestão Augusto Aras.

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Os recursos serão analisados pelo relator original dos casos no STF, Gilmar Mendes.

Nos recursos contra as duas decisões de Toffoli, a PGR lembrou que foi o próprio Supremo que limitou o foro privilegiado e enviou à primeira instância apurações sobre fatos não relacionados aos cargos atualmente ocupados por parlamentares.

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“Partir de uma interpretação restritiva quanto às medidas pertinentes às apurações seria trazer um ambiente de mutilação dos órgãos de investigação, que não poderão avançar para a obtenção de dados essenciais para a correta apuração dos eventuais crimes cometidos”, afirmou Lindôra Araújo.

Prerrogativa de função geográfica. A subprocuradora afirmou ainda que não existe ‘prerrogativa de função geográfica’ ou ‘meia competência’ para a autorização de medidas investigativas, em referência à decisão que barrou as buscas da PF no Senado. “A blindagem geográfica de algum domicílio próprio ou profissional de parlamentar não encontra amparo no Direito ou na lógica jurídica”, disse a PGR.

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A manifestação de Lindôra vai na linha do que procuradores da Lava Jato afirmaram após a decisão de Dias Toffoli. Nota pública da força-tarefa de procuradores disse que era indevida a suspensão da investigação. Por manifestação contrária à decisão no Twitter, o chefe da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, virou alvo de uma apuração no Conselho Superior do Ministério Público (MPF).

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