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PGR vai investigar vazamento. É pra rir ou pra chorar?

Quem questiona é Fernando Brito, editor do Tijolaço; "O Dr. Janot, a valente 'Esperança do Brasil' só muito recentemente, depois do impeachment de Dilma Rousseff, aderiu à tese de que 'delação vazada é delação anulada'”, diz ele

Rodrigo Janot (Foto: Leonardo Attuch)

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Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

A Folha publica que  a Procuradoria-Geral da República “decidiu abrir investigação para apurar o vazamento do conteúdo de delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht.

Por meio de sua assessoria, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considerou que o “além de ilegal, [o vazamento] não auxilia os trabalhos sérios que são desenvolvidos”.

Pausa para um trágica risada.

Para a PGR, o episódio preocupa o Ministério Público Federal que, para usar todo documento [de delação] como prova, produzindo “efeitos jurídicos” para o colaborador, precisa ter a homologação do STF (Supremo Tribunal Federal). Com o vazamento, há risco de que a homologação não aconteça.

Então  o MP vaza uma delação que envolve o ocupante da Presidência da República e diz que, como vazou,  não vale e pode ir tudo para a cesta de lixo?

Está resolvido o problema.

Sempre que alguém denunciar o que “não venha ao caso”, vaza-se e pronto… está tudo anulado.

O Dr. Janot, a valente “Esperança do Brasil” só muito recentemente, depois do impeachment de Dilma Rousseff, aderiu à tese de que “delação vazada é delação anulada”.

Curioso que o Dr. Janot não tenha feito o mesmo diante de dois anos de vazamentos seletivos contra Lula.

Desafio o Dr. Janot a dizer quem são, ou é, o procurador punido por vazamento até agora.

O apego à Lei do Dr. Janot é de ocasião.

Para um homem que defendeu e mandou difundir a defesa de validação de provas ilícitas e  “pegadinhas”  de integridade, é natural que assim seja.

Já tivemos o “Engavetador-Geral da República”; temos agora o “Hipócrita-Geral da República”.

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