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Presidencialismo de coalizão ‘não vai acabar’, avisa sociólogo

O modus operandi da equipe de transição de Jair Bolsonaro pode dar a entender que o presidencialismo de coalizão está com os dias contados. Mas não é o que acha o cientista político Murillo Aragão. Para ele, o governo Bolsonaro irá precisar de apoio para aprovar os seus projetos e que as conversas com o legislativo irão se dar, seja do modo tradicional (com partidos) seja no modo bolsonarista (com bancadas)

Presidencialismo de coalizão ‘não vai acabar’, avisa sociólogo (Foto: Laycer Tomaz / Câmara dos Deputados)
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247 - O modus operandi da equipe de transição de Jair Bolsonaro pode dar a entender que o presidencialismo de coalizão está com os dias contados. Mas não é o que acha o cientista político Murillo Aragão. Para ele, o governo Bolsonaro irá precisar de apoio para aprovar os seus projetos e que as conversas com o legislativo irão se dar, seja do modo tradicional (com partidos) seja no modo bolsonarista (com bancadas).

E entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Aragão destaca as semelhanças e diferenças entre Bolsonaro e Temer: "primeiro, Bolsonaro chega com uma base política completamente diferente da que havia e que era a tradicional do meio político brasileiro. Segundo, agora há um viés ideológico – não chega a ser conflito, mas é algo mais à direita do MDB histórico. Terceiro, ele traz muitos quadros que não eram do círculo de poder, gente outsider ou do baixo clero. Por fim, um quarto ponto, essencial: vem com a chancela da Lava Jato. De certa forma, diria que este é um governo da Lava Jato. Se essa operação do MP e da PF atrapalhou os governos Dilma e Temer, agora ela vai ajudar o governo Bolsonaro. É uma diferença devastadora. E tem mais: o que veremos agora será um governo dialogando não com partidos, mas com bancadas. Esses pontos não são padrão na nossa história parlamentar."

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Sobre o sistema que caracteriza a democracia brasileira há mais de 30 anos, ele diz: "não, não vejo assim. O presidencialismo de coalizão no Brasil não vai acabar por causa do modo Bolsonaro de governar. Eles vão precisar de coalizões para aprovar projetos e emendas importantes. Como não temos um partido com maioria absoluta em ambas as casas, a criação de uma base torna a negociação inevitável. O que há de novo nessa relação é o esvaziamento do poder dos caciques tradicionais. E, junto a isso, o fim da fórmula "porteira fechada" para nomeações. Resta saber se vai funcionar, né?"

 

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