CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Presidente do BC confirma que devastação ambiental de Salles afugenta investidores

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto afirmou que a crise ambiental no Brasil liderada por Ricardo Salles "estava fazendo com que os fluxos para o Brasil não estivessem voltando na mesma proporção que eles voltavam em alguns países emergentes". "De fato existe essa preocupação [ambiental dos investidores]", afirmou

Campos Neto, Ricardo Salles, Bolsonaro e Pantanal em chamas (Foto: Isac Nóbrega/PR | Reuters | PR)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, confirmou na noite desta terça-feira (13) que a o desmatamento acelerado é um dos principais fatores para a fuga dos investidores do País. De acordo com estimativas do Institute of International Finance (Institute of International Finance), que reúne 450 bancos e fundos de investimento em 70 países, o saldo entre aplicações e retiradas de não residentes no Brasil ficará negativo em US$ 24 bilhões (R$ 134 bilhões) este ano. Antes da pandemia do coronavírus, em 2019, as saídas somaram US$ 11,1 bilhões (R$ 62 bilhões).

"O que começou a ficar mais aparente é essa percepção em relação a tudo que é uma agenda de sustentabilidade, hoje tão disseminada em outros países. Essa percepção, às vezes pela narrativa ou às vezes pelo que tem acontecido [no Brasil], estava fazendo com que os fluxos para o Brasil não estivessem voltando na mesma proporção que eles voltavam em alguns países emergentes. De fato existe essa preocupação [ambiental dos investidores]", afirmou o dirigente em entrevista à CNN Brasil. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O Brasil também já teve em 2020 a maior fuga de capitais de sua história. Os dados do fluxo cambial mostraram a saída de US$ 15,2 bilhões nos primeiros oito meses deste ano, o pior resultado desde 1982.

Em alinhamento com o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o "fiscal" é a principal causa de falta de confiança dos investidores. "Precisamos mostrar que o Brasil pode fazer tudo o que precisa dentro de uma trajetória fiscal sustentável. O que as pessoas querem enxergar do governo é, uma vez passada a pandemia, ‘qual o seu plano de reformas?'", afirmou.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Crise Ambiental sem precedentes

Uma das estatísticas mais preocupantes sobre o meio ambiente é do Pantanal, onde o número de queimadas aumentou 210% entre 1º de janeiro e 12 de setembro de 2020, ao passar de 4.660 para 14.489.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Em setembro de 2019, por exemplo, a Amazônia bateu o recorde de desmatamento na história recente do Deter, com mais de 1.400 quilômetros quadrados (km²) de destruição registrada por satélites. No mesmo período de 2020, quase 1.000 km² de floresta foram derrubados neste ano.

Nessa terça-feira (13), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tentou minimizar as queimadas no Brasil. "Você vê a Califórnia queimando muito mais do que o Brasil, e nem por isso deixou-se de investir lá. A Austrália teve no ano passado o dobro de incêndios da Amazônia, a África está queimando muito mais do que o Brasil. Você vê uma visão bastante tendenciosa (em relação ao Brasil)", disse. 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

As críticas à gestão dele na pasta aumentaram a partir do segundo trimestre deste ano, após a divulgação de conteúdo de um vídeo da reunião ministerial que aconteceu no dia 22 de abril, quando Salles sugeriu que o governo deveria aproveitar a atenção da imprensa voltada à pandemia de Covid-19 para aprovar "reformas infralegais de desregulamentação e simplificação" na área do meio ambiente e "ir passando a boiada".

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO