Procuradora citada na Vaza Jato em trama contra Gilmar alega falta de perícia, mas não entregou celular

247 com informações do Conjur - Em resposta à representação no Conselho Nacional do Ministério Público feita pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD), a procuradora da República Thamea Danelon segue o roteiro das declarações dos que aparecem em mensagens reveladas pela Vaza Jato: diz que não reconhece, mas que o conteúdo pode ter sido adulterado.

"...Ainda que pudessem ser reconhecidos, além da sua possível adulteração vez que o material jamais foi periciado, é notório que foram obtidos por criminosos e de maneira ilícita", diz a procuradora que integrava a força tarefa da Lava Jato na época e agora foi promovida a procuradora regional no Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

A procuradora alega ainda que as mensagens não passaram por perícia, mas não entregou o celular para isso. 

Em mensagens do Telegram divulgadas pelo The Intercept Brasil, Thamea disse ao procurador Deltan Dallagnol que o advogado Modesto Carvalhosa, um dos autores do pedido de impeachment de Gilmar, pediu para ela “minutar para ele” o documento, ou seja, que escrevesse o pedido. Na mensagem, Deltan gostou da ideia: “Sensacional Tamis!”. E Thamea continuou: "Já estou escrevendo!!!" 

Para a ABJD, Thamea usou de sua função pública para atender interesses privados de um advogado de “atentar contra a atuação de um ministro do Supremo Tribunal Federal”.