CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Projeto propõe suspensão de tributos para escolas e faculdades privadas que não multarem alunos inadimplentes

Projeto apresentado pelas deputadas federais Margarida Salomão (PT-MG) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) também abrange as escolas e faculdades que não cancelarem bolsas e descontos de mensalidades

(Foto: Agência Brasil)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Por Denise Assis - Muitos são os alunos que trabalham para custear os seus próprios estudos. Alguns, inclusive, são autônomos e foram drasticamente afetados pela pandemia. Pensando nas dificuldades desses estudantes, as deputadas federais Margarida Salomão (PT-MG) e Talíria Petrone (PSOL-RJ) protocolaram, nesta sexta-feira (3), projeto de lei que suspende, por 120 dias, a exigência de tributos federais de instituições de ensino privadas que não aplicarem, aos estudantes, sanções por inadimplência, como multas e juros. Os efeitos do PL também abrangem as escolas e faculdades que não cancelarem bolsas e descontos de mensalidades.

Ainda de acordo com o projeto, “encerradas as medidas preventivas de restrição de circulação de pessoas, eventuais débitos acumulados pelos estudantes no período deverão ser cobrados, a partir de 30 dias contados do término, em no mínimo 10 vezes”.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Segundo as deputadas, os estudantes das instituições de ensino privadas, têm tido dificuldades de manter seus rendimentos neste período de crise e isolamento. Assim como outros brasileiros, muitos já sentem dificuldades para pagar as contas básicas, como aluguel, água, luz e alimentação.

“Num momento de crise sem precedentes como este, não podemos permitir que a educação superior destas pessoas seja sacrificada”, ressaltam, na justificativa do PL.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), cerca de 69% dos estudantes de faculdades privadas têm renda familiar de no máximo cinco salários-mínimos. Destes, 47% possuem renda entre um a três salários. São 35% os estudantes que não trabalham oficialmente e cerca de 11,2% os que trabalham menos de 40 horas, o que pode indicar elementos de informalidade do trabalho, precarização e desemprego. 

Para os usuários do ensino básico e infantil, também há dificuldades nesse período de pandemia do coronavírus. “Educação à distância, atividades em casa e a manutenção do valor da mensalidade num cenário de maior dificuldade financeira para os pais, sobretudo os que possuem trabalho autônomo e informal, têm assumido o centro das críticas. Ao mesmo tempo que estas escolas, algumas são ‘pequenas empresas’, precisam ter condições de manter seu corpo docente neste período”, explicam.

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247,apoie por Pix,inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO