PT repudia "espetacularização" em operação contra Coutinho e aponta lawfare
"O Estado de Direito precisa ser respeitado e o direito à ampla defesa não pode ser violado por práticas típicas do lawfare", enfatiza a nota divulgada pelo PT, assinada pela presidente, Gleisi Hoffmann, além dos líderes no Congresso e do presidente do PT na Paraíba. Partido manifestou repúdio ao que chamou de "espetacularização midiática" feita durante a operação da PF contra o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB)
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247 - Em nota, o Partido dos Trabalhadores manifestou repúdio ao que chamou de "espetacularização midiática" feita durante a operação da Polícia Federal contra o ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, principal nome do PSB, que foi alvo de mandado de prisão preventiva nesta terça-feira. Para a legenda, a operação é parte das práticas típicas do lawfare, método de perserguição política, por meio do sistema de Justiça.
"Uma investigação que deveria se revestir de sobriedade e objetividade foi mais transformada em prejulgamento na mídia, apesar da fragilidade técnica e jurídica da medida cautelar que decretou as prisões", enfatiza a nota.
E acrescenta: "O Estado de Direito precisa ser respeitado e o direito à ampla defesa não pode ser violado por práticas típicas do lawfare".
Confira a íntegra:
O Partido dos Trabalhadores repudia a espetacularização política e midiática em torno das investigações e da decisão judicial desta terça (17/12) envolvendo o ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho (PSB) e diversas pessoas ligadas aos seus dois mandatos.
Uma investigação que deveria se revestir de sobriedade e objetividade foi mais transformada em prejulgamento na mídia, apesar da fragilidade técnica e jurídica da medida cautelar que decretou as prisões.
Causa espanto, por exemplo, a ordem de inclusão do nome de Coutinho na lista de alertas da Interpol, ato que não encontra qualquer justificativa na conduta do ex-governador.
É igualmente estranho o fato de a Rede Globo ter sido informada com antecedência e, em razão disto, ter transformado a operação policial em um espetáculo sensacionalista. Como tem sido praxe em casos que envolvem lideranças do campo popular, a acusação comanda a notícia sem que a defesa tenha direito equivalente.
O Estado de Direito precisa ser respeitado e o direito à ampla defesa não pode ser violado por práticas típicas do lawfare.
Brasília, 17 de dezembro de 2019.
Gleisi Hoffmann
Presidenta do Partido dos Trabalhadores
Paulo Pimenta
Líder do PT na Câmara
Humberto Costa
Líder do PT no Senado
Jackson Macedo
Presidente do PT da Paraiba
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