CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
Brasil

Reforma da Previdência quer atacar entidades filantrópicas

De acordo com o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), as desonerações a entidades filantrópicas são um "escárnio"; o governo avalia que isenções previdenciárias a essas instituições custarão R$ 12,45 bi à Previdência, dinheiro que deixa de ser arrecadado, porque essas entidades não pagam a parte do empregador para o INSS; presidente Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (Fonif), Custódio Pereira afirma que "se esses setores pararem por um dia, o Brasil para"; segundo ele, a isenção do setor é menos de 3% da receita previdenciária

De acordo com o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), as desonerações a entidades filantrópicas são um "escárnio"; o governo avalia que isenções previdenciárias a essas instituições custarão R$ 12,45 bi à Previdência, dinheiro que deixa de ser arrecadado, porque essas entidades não pagam a parte do empregador para o INSS; presidente Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (Fonif), Custódio Pereira afirma que "se esses setores pararem por um dia, o Brasil para"; segundo ele, a isenção do setor é menos de 3% da receita previdenciária (Foto: Leonardo Lucena)
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 - Além de deixar mais rígidas a regras para a aposentadoria, a reforma da Previdência, proposta pelo governo Michel Temer, vai mirar as isenções de contribuições à Previdência concedidas a entidades filantrópicas. De acordo com o relator da reforma, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), as desonerações são "aberração", "escárnio" e "pouca vergonha". O governo avalia que isenções previdenciárias concedidas às instituições filantrópicas custarão R$ 12,45 bilhões à Previdência Social, dinheiro que deixa de ser arrecadado, porque essas entidades não pagam a parte do empregador para o INSS.

O "estopim" para a decisão de Maia foi o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), de quinta-feira (23), que suspendeu um dispositivo previsto em lei ordinária que define os requisitos para uma entidade ser considerada filantrópica. Avalia-se que, por causa do posicionamento do STF, qualquer entidade que faça um mínimo de ação filantrópica poderá se candidatar às isenções.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

"É uma vergonha essa decisão do Supremo", disse Maia durante entrevista ao Estadão. "Na PEC (Proposta de Emenda à Constituição), como relator, vou agir de maneira contrária a essas isenções das entidades filantrópicas. Posso afirmar categoricamente", complementou.

Outro lado

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Segundo representantes de entidades filantrópicas, o corte das isenções traria enorme injustiça social. Eles dizem que o retorno à sociedade é muito maior do que o custo para o governo federal. "Se esses setores pararem por um dia, o Brasil para", afirmou o presidente do Fórum Nacional das Instituições Filantrópicas (Fonif), Custódio Pereira. 

Pereira  disse que, segundo dados do governo compilados pelo Fonif, entidades filantrópicas fazem 53% dos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS). Na educação, o setor é responsável por mais de 600 mil bolsistas, e 62,7% de todo o atendimento gratuito em assistência social é realizado por essas instituições. "Se tirar a imunidade, as consequências serão desastrosas para as pessoas que dependem desse atendimento", acrescentou.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

O presidente do Fonif também afirmou que a isenção do setor é menos de 3% da receita previdenciária e que a comissão não questiona outras desonerações mais volumosas.

Em março, Pereira deve ter um encontro com Maia e o presidente da comissão especial, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), para discutir o assunto.

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

 

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Carregando os comentários...
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO

Cortes 247

CONTINUA APÓS O ANÚNCIO
CONTINUA APÓS O ANÚNCIO