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Relembre o que foi a Revolta da Vacina; 116 anos depois, Bolsonaro incentiva a repetição do episódio

Com medo da vacina contra a varíola, a população saiu às ruas em 1904 para protestar contra a obrigatoriedade da vacinação, o que gerou uma onda de conflitos que entrou para a história como a Revolta da Vacina. Entenda

Revolta da Vacina (Foto: Casa Rui Barbosa/Divulgação)
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247 - O episódio conhecido como "Revolta da Vacina" ocorreu em 1904 no Rio de Janeiro. Na época, 1.800 pessoas estavam internadas com varíola no Hospital São Sebastião. Apesar do grande número de doentes, a população se negava a ser medicada com um líquido de pústulas de vacas adoecidas, ou seja, a vacina. Em 2020, 116 anos após o episódio, Jair Bolsonaro volta a fomentar a repulsa contra vacinas, essenciais no combate à pandemia de coronavírus.

Revolta da Vacina

O Rio de Janeiro, com saneamento básico inexistente e péssimas condições de higiene, era local de surgimento de epidemias. Assim, o médico sanitarista Oswaldo Cruz foi chamado para chefiar um trabalho de combate às doenças.

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Com a aprovação de uma nova lei no Congresso Nacional em 31 de outubro e regulamentada em 9 de novembro, foi reinstaurada a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola em todo o território nacional. Apenas os indivíduos que comprovassem ser vacinados conseguiriam contratos de trabalho, matrículas em escolas, certidões de casamento e autorização para viagens.

Diante da decisão e do medo, o povo saiu às ruas para protestar e se colocar contra a vacinação compulsória.

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Em meio às manifestações, 945 pessoas foram presas, 461 deportadas, 110 feridas e 30 mortas. “Houve de tudo ontem. Tiros, gritos, vaias, interrupção de trânsito, estabelecimentos e casas de espetáculos fechadas, bondes assaltados e bondes queimados, lampiões quebrados à pedrada, árvores derrubadas, edifícios públicos e particulares deteriorados”, dizia a edição de 14 de novembro de 1904 da Gazeta de Notícias.

Após o grave conflito e as consequências da revolta, o presidente Rodrigues Alves se viu obrigado a desistir da vacinação obrigatória. “Todos saíram perdendo. Os revoltosos foram castigados pelo governo e pela varíola. A vacinação vinha crescendo e despencou, depois da tentativa de torná-la obrigatória. A ação do governo foi desastrada e desastrosa, porque interrompeu um movimento ascendente de adesão à vacina”, explica o historiador Jaime Benchimol.

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Com informações de Agência Fiocruz de Notícias e Opera Mundi.

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