Requião cobra punição a Dallagnol após demissão de Diogo Castor de Mattos
“A condenação e exclusão do procurador da lava jato Diogo Castor do Ministério Público hoje, abre caminhos para que um tratamento semelhante seja dado aos desvios de conduta do Dallagnol”, escreveu o ex-governador do Paraná e ex-senador Roberto Requião
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247 - O ex-governador do Paraná e ex-senador Roberto Requião cobrou que o coordenador da Força Tarefa da Lava Jato de Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol, também seja punido, após a demissão do procurador lavajatista Diogo Castor de Mattos, nesta segunda-feira, 18.
“A condenação e exclusão do procurador da lava jato Diogo Castor do Ministério Público hoje, abre caminhos para que um tratamento semelhante seja dado aos desvios de conduta do Dallagnol! MP forte e independente se livra de pessoas inadequadas?”, escreveu Requião no Twitter.
Procurador demitido
O Conselho Nacional do Ministério referendou a recomendação da conselheira Fernanda Marinela de Sousa Santos, relatora do processo Administrativo Disciplinar, e decidiu pela demissão do procurador Diogo Castor de Mattos, responsável por um outdoor em homenagem à operação Lava Jato.
O placar ficou empatado em 5 a 5, mas o vice-PGR, Humberto Jacques de Medeiros, deu o voto de minerva favorável à punição. A demissão, porém, não é imediata. O procurador ainda poderá recorrer administrativamente ao próprio Conselho Nacional do Ministério Público, e judicialmente ao Supremo Tribunal Federal.
O painel foi instalado em março de 2019, em uma via de acesso ao Aeroporto Afonso Pena, na região metropolitana de Curitiba. Foram exibidas imagens de nove procuradores e a frase: "Bem-vindo à República de Curitiba. Terra da Operação Lava Jato, a investigação que mudou o país. Aqui a lei se cumpre. 17 de março — 5 anos de Operação Lava Jato — O Brasil Agradece". Castor, que integrava a força-tarefa, anunciou seu desligamento após seu envolvimento vir à tona.
O caso havia sido inicialmente suspenso, já que Mattos apresentou um atestado médico por estafa física e mental. Mas foi reaberto após depoimento do cantor João Carlos Barbosa, no inquérito das fake news, sobre o contrato com a empresa de propaganda que produziu o outdoor.
Em setembro do último ano, o CNMP instaurou o processo Administrativo Disciplinar para apurar a conduta do procurador. Na ocasião, o corregedor Rinaldo Reis constatou falta funcional e violação dos princípios da moralidade e da impessoalidade, e sugeriu a penalidade de suspensão de 90 dias.
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