Réu, deputado André Moura é indicado para diretoria da Anvisa
Acordo entre os governos Temer e Bolsonaro resultou, nesta terça-feira (18), na indicação do deputado federal André Moura (PSC - SE) para o cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); líder do governo Temer no Congresso Nacional, Moura, que é do mesmo partido de Bolsonaro, é réu em três ações penais e é investigado em outros três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF)
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247 - Acordo entre os governos Temer e Bolsonaro resultou, nesta terça-feira (18), na indicação do deputado federal André Moura (PSC - SE) para o cargo de diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Líder do governo Temer no Congresso Nacional, Moura, que é do mesmo partido de Bolsonaro, é réu em três ações penais e é investigado em outros três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).
O parlamentar, que não possui qualquer histórico de atuação junto ao setor saúde, é formado em administração de empresas e substituirá o sanitarista Jarbas Barbosa, que terminou seu mandato na Anvisa em julho deste ano e não foi reconduzido. Caso tenha sua indicação aprovada pelo Senado Federal, Moura se junta a nomes do alto escalão do governo Bolsonaro, como Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia), Tereza Cristina (Agricultura), Luiz Mandetta (Saúde) e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo), que respondem a ações ou que são investigados pela justiça.
A indicação do deputado federal André Moura também ocorre em meio ao escândalo do Bolsogate. O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga movimentação de R$ 1,28 milhão, identificada como suspeita pelo Coaf, na conta do ex-assessor do deputado Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. Segundo o Coaf tal movimentação é incompatível com rendimento médio de cerca de R$ 20 mil por mês do ex-assessor do filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
Ficha suja
Em 2014, o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe impugnou a candidatura de André Moura, após acatar pedido do Ministério Público Federal que o acusou de estar inelegível por ter sido condenado, em duas ocasiões e por órgão colegiado, em razão de processos judiciais da época em que foi prefeito de Pirambu (SE). Em dezembro daquele mesmo ano, o Tribunal Superior Eleitoral deu parecer favorável a candidatura do parlamentar.
Em agosto de 2017, foi condenado em primeira instância por lesar os cofres públicos durante seu mandato de prefeito. Outros dois processos, aos quais cabe recurso, acusam André Moura de utilizar dinheiro público para comprar alimentos, inclusive para churrasco bebida alcoólica para consumo particular.
Na Lava Jato, o parlamentar é suspeito de atuar com aliados do ex-deputado Eduardo Cunha para chantagear empresas na Câmara dos Deputados. Também é acusado de se apropriar ou desviar bens públicos, durante e após o seu mandato de prefeito de Pirambu, como alimentos e veículos da frota do município, receber ilicitamente mesada entre 30 e 50 mil reais, e indicar funcionários fantasmas, entre eles sua esposa, para trabalhar na prefeitura
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