Rui Costa Pimenta: PM é uma máquina de guerra contra a população

247 - O presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, em análise política semanal na TV 247, comentou o massacre cometido pela Polícia Militar que matou 9 jovens durante um baile funk em Paraisópolis no último final de semana. Rui afirmou que os responsáveis pela atuação bárbara da polícia são João Doria (PSDB), governador de São Paulo, e Jair Bolsonaro. Ele comentou também sobre o desemprego e o crescimento do índice de trabalhadores informais.

Rui Costa Pimenta classificou como “festival de cinismo” as repercussões oficiais sobre o caso Paraisópolis. Ele afirmou também que a intenção da Polícia Militar era semear o terror. “O que tivemos após o massacre foi um festival de cinismo. Todo mundo sabe e todo mundo viu na televisão e nas redes sociais que a ação da PM foi totalmente intencional, proposital, foi uma ação repressiva mesmo. A intenção da PM era semear o terror. A gente viu pessoas sendo brutalmente espancadas, tem um vídeo de uma pessoa caída no chão sendo chutada pela PM, e existem informações importantes de que havia o intuito de uma retaliação de pelo assassinato de um policial recentemente na região”.

Ele também relacionou a ação truculenta dos agentes policiais com o discurso de ódio propagado na era bolsonarista, e que encontrou em Doria mais um apoiador. “Nós sabemos como isso funciona, os PMs chegam lá com sangue nos olhos. Segundo eles, todo mundo é culpado, simplesmente por ser pobre. Os culpados não têm absolutamente nenhum direito, essa é a filosofia da extrema-direita e do bolsonarismo, e esses acontecimentos acabam sendo uma coisa não só natural, do ponto de vista da PM, como inevitável. A PM é uma máquina de guerra contra a população, toda vez que ela é acionada para atuar contra a população ela atua em um sentido extremamente violento. Estamos vendo a PM na era bolsonarista. O responsável é o próprio governador, assim como o Bolsonaro”.

Subemprego

Rui Costa Pimenta analisou também o aumento do número de trabalhadores informais, ou no subemprego. “Na realidade o trabalhador por conta própria tem um subemprego. São 24,4 milhões de trabalhadores trabalhando por conta própria, não vamos pensar que esse trabalhador é dono de uma loja no shopping, ele é um trabalhador miserável que arrumou alguma coisa para fazer para sobreviver. É um expediente econômico, não é um emprego”.

Para o presidente do PCO, as tragédias econômicas da equipe de Bolsonaro são o motivo pelo qual o governo tanto teme uma mobilização popular. “O Brasil é um barril de pólvora, por isso o pessoal está com medo. Imagine com essa quantidade de miseráveis, gente que mal consegue sobreviver ou que simplesmente não está conseguindo sobreviver, o nível de tensão social que existe abaixo da superfície no país é gigantesco, é um dado muito objetivo da realidade política brasileira”.

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