Sakamoto alerta: “temendo derrota de Jair, bolsonarismo rural vai desmatar como nunca em 2022”
“Em nome da floresta no chão, seu governo ataca a fiscalização, passa pano para criminosos e financia desmatadores, escreve
247 - “O desmatamento da Amazônia não começou e não terminará com Jair Bolsonaro, mas o presidente o transformou em um símbolo de seu governo a ponto de ser visto como um pária climático global e um carrasco das gerações futuras. Em nome da floresta no chão, seu governo ataca a fiscalização, passa pano para criminosos e financia desmatadores”, aponta o jornalista Leonardo Sakamoto, em sua coluna no portal UOL.
“Temendo a derrota daquele que os ajudou, madeireiros e garimpeiros ilegais, grileiros de terra e produtores rurais que agem ao arrepio da lei vão correr para colocar o máximo de floresta no chão este ano. Sabem que qualquer outro semovente que assumir a Presidência da República em 2023 não dará a mesma vida fácil. Precisam fazer tudo o que puderem agora que o governo é deles”, diz ele.
De acordo com o jornalista, “dificilmente haverá ministro do Meio Ambiente acusado de ajudar em esquema ilegal de exportação de madeira da Amazônia, governo que exonera superintendente da Polícia Federal por investigar o tal ministro ou presidente que ataca fiscais do Ibama e do ICMBio e cientistas do INPE exatamente por fazerem o seu dever”.
“Contando com as anistias que o Congresso Nacional aprova a desmatadores e grileiros de tempos em tempos, esse bolsonarismo rural vai apostar na política de terra arrasada e de fato consumado”, acrescenta.
“Investigação da Repórter Brasil, publicada nesta segunda (14), mostra como fazendeiros flagrados pelo Ibama derrubando a Amazônia conseguiram empréstimos com dinheiro público a juros subsidiados para comprar tratores e outras máquinas agrícolas, apesar de seu histórico de reiteradas infrações ambientais”, diz.
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