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Sakamoto: os governantes que elogiam execuções vão pedir perdão à viúva de Evaldo?

"Não, não é a mão de mandatários como Wilson Witzel e Jair Bolsonaro que seguram o revólver, a espingarda ou o fuzil", diz o jornalista Leonardo Sakamoto após a morte de Evaldo Rosa dos Santos com fuzilamento de 80 tiros contra seu carro no Rio; colunista critica a sobreposição dos discursos de ambos dos governantes, "promovendo, premiando e justificando mortes pelas mãos do poder público que tornam o ato banal e justificável"

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247 - "O músico Evaldo Rosa dos Santos foi executado por militares do Exército diante de sua família após o carro em que estavam ser alvo de mais de 80 tiros, em Guadalupe, Zona Norte do Rio de Janeiro, neste domingo (7)", reforça o jornalista Leonardo Sakamoto. "O delegado Leonardo Salgado, responsável pela investigação, afirma que os militares teriam confundido o carro de Evaldo com o de bandidos".

De acordo com o jornalista, "mesmo que fossem criminosos, a execução não deveria ser a forma através da qual persegue-se a Justiça".

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"A política informal de execução de pobres e negros nas periferias não é uma novidade no Rio de Janeiro. Eles têm sido abatidos cotidianamente pelas mãos do tráfico, de milicianos, de policiais e militares. O diferencial agora é a tempestade perfeita criada por um governador e um presidente da República que elogiam execuções cometidas por agentes de Estado", continua.

"Não, não é a mão de mandatários como Wilson Witzel e Jair Bolsonaro que seguram o revólver, a espingarda ou o fuzil. Mas é a sobreposição dos discursos de ambos, promovendo, premiando e justificando mortes pelas mãos do poder público que tornam o ato banal e justificável. Nesse ponto de vista, mortes como a de Evaldo são 'danos colaterais' aceitáveis no caminho de um Estado seguro. O problema é que um Estado que mata indiscriminadamente não é seguro, mas autoritário e ditatorial. Nele, qualquer um com a cor de pele e a classe social 'erradas' podem se tornar suas vítimas", acrescenta.

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"Infelizmente, mortes de negros e pobres, principalmente os mais jovens, não valem o arranhão deixado no teflon de um panela batida".

 Leia a íntegra no Blog do Sakamoto

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