Secretário de Guedes admite ter defendido "imunidade de rebanho" como método contra a Covid-19
Secretário do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida (Político Econômica) afirmou, no entanto, que não consultou o Ministério da Saúde ao defender a tese, contrária ao que alega a OMS
247 - Secretário do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida (Político Econômica) confirmou que defendeu a tese de "imunidade de rebanho", mas declarou que não consultou o Ministério da Saúde.
A “tese” é que o aumento no número de casos de infectados por coronavírus agilizaria a imunização, o que é contrário ao que alega a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Em depoimento à CPI da Covid no Senado, o secretário disse que "NÃO houve qualquer comunicação e/ou troca de documentos do Ministério da Saúde (MS) com a SPE (Secretaria de Política Econômica) sobre a ideia, que foi defendida a partir de dois estudos não revisados (sem checagem por parte da comunidade científica).
"Dois estudos, um da Universidade de São Paulo e outro da Universidade Federal de Pelotas, apontavam para a desaceleração da epidemia no Brasil, com base na análise da presença elevada de anticorpos na população em função de taxas de infecção altas e possivelmente pela presença de imunidade pré-existente (imunidade “natural” ou cruzada)", respondeu o secretário à comissão.
Em novembro de 2020, Sachsida afirmou que "vários estados já atingiram ou estão próximos de atingir imunidade de rebanho" e que acha "baixíssima a probabilidade de segunda onda".
Jair Bolsonaro defendeu várias vezes a tese anticientífica. Em junho, durante live nas redes sociais, ele declarou que se infectar pelo vírus "é mais eficiente do que a vacina". “Todos que já contraíram o vírus estão vacinados. Até de forma mais eficaz que a própria vacina, porque você pegou o vírus para valer. Então, quem pegou o vírus, não se discute, está imunizado”, disse.
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