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Brasil

Segovia jura inocência e pode agora obrigar a PF a ser dura com Temer

Depois da trapalhada cometida numa entrevista à Reuters, em que teria declarado que a tendência na Polícia Federal é arquivar a investigação contra Michel Temer, o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, jurou inocência em carta aos servidores divulgada neste sábado 10, mas criou um problema a mais para o chefe que, supostamente, pretendia blindar; agora, a Polícia Federal não tem saída a não ser indiciar Temer pelo esquema de propina nos portos; ou seja: a terceira denúncia contra Temer, já acusado de corrupção e comando de organização criminosa, pode estar a caminho; leia a íntegra da carta

Depois da trapalhada cometida numa entrevista à Reuters, em que teria declarado que a tendência na Polícia Federal é arquivar a investigação contra Michel Temer, o diretor-geral da PF, Fernando Segovia, jurou inocência em carta aos servidores divulgada neste sábado 10, mas criou um problema a mais para o chefe que, supostamente, pretendia blindar; agora, a Polícia Federal não tem saída a não ser indiciar Temer pelo esquema de propina nos portos; ou seja: a terceira denúncia contra Temer, já acusado de corrupção e comando de organização criminosa, pode estar a caminho; leia a íntegra da carta (Foto: Gisele Federicce)
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247 - O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, divulgou neste sábado 10 uma carta interna aos servidores da PF em que assegura que a investigação contra Michel Temer relacionada ao esquema dos portos não sofre interferência e que "em momento algum disse à imprensa que o inquérito será arquivado".

O texto foi divulgado depois que o ministro Luís Roberto Barroso, relator da investigação contra Temer no STF, exigiu que Segovia explique suas declarações feitas em uma entrevista à Reuters. Segundo a agência de notícias, Segovia teria dito que a tendência na PF é que a investigação relacionada aos portos contra Temer seja arquivada. Barroso entendeu que a afirmação poderia ser uma ameaça ao delegado responsável pelo caso.

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À TV Globo, por telefone, o diretor da PF afirmou ainda que vai comparecer ao gabinete de Barroso levando a transcrição da entrevista à Reuters e irá explicar que foi mal interpretado pelos jornalistas. Segundo a assessoria da PF, Segóvia "responderá diretamente" a Barroso sobre o assunto na próxima quarta-feira 14, informa a Agência Brasil.

Leia a íntegra da carta:

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Brasília, 10 de Fevereiro de 2018

Caros Servidores,

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Afirmo que em momento algum disse à imprensa que o inquérito será arquivado. Afirmei inclusive que o inquérito é conduzido pela equipe de policiais do GInqE com toda autonomia e isenção, sem interferência da Direção Geral.

Acompanho e acompanharei com o cuidado e a atenção exigida todos aqueles casos que possam ter grande repercussão social, é meu dever, é o que caracteriza o cargo de direção máxima desta instituição, é o que farei.

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Foi com este espírito que, em articulação com 13a Vara da Justiça Federal em Curitiba, reforçamos a equipe à disposição da Lava-Jato, dobramos o número de policiais à disposição do Grupo de Inquérito Especiais, dotamos a unidade de meios, reservando quase integralmente uma ala do Edifício Sede. Assim também agimos, providenciando meios, em muitas investigações que ainda correm em fase velada. Também assim procedemos quando com altivez lutamos e conseguimos a definitiva implementação do adicional de fronteira, demanda histórica de nossos colegas lotados em alguns casos nas inóspitas e carentes regiões fronteiriças.

Reafirmo minha confiança nas equipes que cumprem com independência as mais diversas missões. É meu compromisso na gestão da PF resguardar os princípios republicanos. Asseguro a todos os colegas e à sociedade que estou vigilante com a qualidade das investigações que a Polícia Federal realiza, sempre em respeito ao legado de atuações imparciais que caracterizam a PF ao longo de sua história.

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Fernando Queiroz Segovia Oliveira

Diretor-Geral da Polícia Federal

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