"Sem ação do governo, corrupção vai existir", diz empreiteiro veterano
Um dos mais experientes empreiteiros do Brasil, Murillo Mendes, presidente da construtora Mendes Júnior, diz que o governo precisa agir para evitar a corrupção no setor: "O 'business' é para corromper, o governo é para não deixar corromper", diz; "Se não houver ações dos governos vai haver corrupção em qualquer lugar do mundo"; segundo ele, a Operação Lava-Jato tem tido esse poder de controlar a ação corruptora.
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247 - "O 'business' é para corromper, o governo é para não deixar corromper". É assim que um dos mais experientes empreiteiros do Brasil, Murillo Mendes, presidente da construtora Mendes Júnior, avalia o setor no País.
Ele afirma que o governo precisa agir para evitar a corrupção no setor; 'business' é para corromper, o governo é para não deixar corromper", afirma; "Se não houver ações dos governos vai haver corrupção em qualquer lugar do mundo"; segundo ele, a Operação Lava-Jato tem tido esse poder de controlar a ação corruptora.
As informações são de reportagem de Marcos de Moura e Souza no Valor.
"Mendes, relembrando os anos 50 e 60: "todas as empresas eram pequenas. O tamanho delas dependia das ligações que seus donos tinham e não era corrupção o governante dar contrato sem concorrência"
Mendes nunca foi homem de medir palavras e de esconder o que pensa. Mas desde que a Lava-Jato começou a cercar as grandes construtoras do país, incluindo a sua, ele vinha seguindo a orientação dos advogados para evitar entrevistas. Agora, passados três anos do início da operação que ele diz que já produziu mudanças positivas e "não removíveis" no país, o empresário decidiu quebrar a jejum.
Ele está com 91 anos. Desde os 28 é o principal executivo da empresa criada por seu pai em 1953. Seu forte sempre foi trabalhar em projetos públicos: Ponte Rio-Niterói, Transamazônica, Itaipu, Memorial da América Latina, metrôs, portos, são alguns entre dezenas. A construtora já foi uma das maiores do Brasil; está em recuperação judicial desde março de 2016 e em abril do mesmo ano foi classificada pela Controladoria Geral da União inidônea por conta de seu envolvimento em crimes apontados pela Lava-Jato. Por dois anos, estará impedida de assinar contratos com governos."
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