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Sem saída para o emprego, Bolsonaro foca em populismo janista

Depois de 100 dias de governo, no fundo do poço nas pesquisas, Jair Bolsonaro não consegue apontar uma saída sequer para o drama do desemprego, que atinge 13,1 milhões de pessoas e diverte-se com uma Presidência que é uma cópia malfeita do populismo janista: seus temas são a carteira de motorista, os radares nas estradas, o golden shower, além de flertar com a possibilidade de um conflito armado com a Venezuela em um sinal de submissão aos interesses dos Estados Unidos; populismo desenfreado levou Jânio a perder apoio rapidamente e ele renunciou apenas sete meses após o início de seu mandato; sem nada de concreto para mostrar, Bolsonaro também parece caminhar na mesma direção

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247 - Depois de 100 dias de governo, no fundo do poço nas pesquisas, Jair Bolsonaro não consegue apontar uma saída sequer para o drama do desemprego, que atinge 13,1 milhões de pessoas e diverte-se com uma Presidência que é uma cópia malfeita do populismo janista: seus temas são a carteira de motorista, os radares nas estradas, o golden shower, além de flertar com a possibilidade de um conflito armado com a Venezuela em um sinal de submissão aos interesses dos Estados Unidos.

Da mesma forma que Jânio, Bolsonaro foi eleito prometendo lutar contra a corrupção, muito embora já tenha aderido ao "toma lá, dá cá" para aprovar a reforma da Previdência, e faz uso de um moralismo autoritário e com um viés ideológico e teológico para justificar iniciativas de impacto duvidoso, como a publicação nas redes sociais oficiais da Presidência da República em que um homem urinava em cima do outro, para criticar o Carnaval.

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Com uma reforma da Previdência que está atravancada no Congresso e com uma base parlamentar fragmentada, Boslonaro faz uso das redes sociais - amparado por milhares de robôs - para defender ideias como facilitar o acesso de armas e munições pela população como forma de "combater a violência", aumentar o tempo de validade da Carteira Nacional de Habilitação de cinco para dez anos, além de ampliar de 20 para 40 pontos o limite que leva à suspensão do documento. Na onda do populismo, a despeito de qualquer embasamento, ele também anunciou que irá "rever" a necessidade de radares nos cerca de 52 mil quilômetros de rodovias federais em todo o país, o que deve resultar em aumento de infrações e acidentes de trânsito.

Em relação ao cenário internacional, a situação também não é das melhores. O anúncio de que iria transferir a embaixada do Brasil em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, depois transformada em um "escritório de negócios" desagradou os países árabes, grandes compradores de proteína animal do Brasil que ameaçaram suspender as importações, e colocou em xeque milhares de empregos ao longo da cadeia produtiva do setor.

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Com a inciativa, Bolsonaro também irritou os ruralistas, grandes apoiadores de sua eleição e que agora tentam encontrar uma solução para não perderem mercado. O presidente também disse que caberá "a ele" decidir sobre a possibilidade de ingressar em uma eventual intervenção militar na Venezuela, atendendo aos interesses norte-americanos sobre as reservas de petróleo do país vizinho. A aventura militar, porém, não tem encontrado eco nem mesmo entre os militares que integram o próprio governo.

O populismo desenfreado levou Jânio a perder apoio rapidamente e ele renunciou no início de 1961, apenas sete meses após o início de seu mandato. Bolsonaro, em apenas 100 dias, parece caminhar na mesma direção.

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