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Sérgio Amadeu sobre fake news: se o Judiciário não fizer nada, vai prevaricar

Sociólogo, professor da UFABC e pesquisador de redes digitais, Sérgio Amadeu faz um alerta às instituições caso nada seja feito a respeito do escândalo envolvendo a candidatura de Jair Bolsonaro, que recebeu financiamento por caixa 2 de empresários em ações de disseminação de fake news no WhatsApp; em entrevista à TV 247, ele revela como funciona o submundo de compras ilegais de informações, compara com a campanha de Donald Trump e destaca que isso já vem acontecendo há anos; o especialista faz um alerta importante para que se vire o jogo nesta reta final da campanha; "Nossa democracia está em jogo"; assista

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TV 247 - "Se o Judiciário não fizer nada a respeito do crime de caixa dois envolvendo Bolsonaro e as fake news, irá prevaricar". O alerta é do sociólogo Sérgio Amadeu, professor da UFABC e pesquisador de redes digitais. Em entrevista à TV 247, ele aborda o escândalo envolvendo Bolsonaro e o financiamento via caixa 2 no disparo de fake news a contatos do WhatsApp, buscando desmoralizar o candidato Fernando Haddad e o PT, revelando um submundo de compras ilegais de informações, algoritmos e até a influência estadunidense no caso. 

Amadeu relata que a campanha de Bolsonaro tem como assessor - não necessariamente formal - Steve Bannon, que também foi diretor de campanha de Donald Trump. "Bannon foi presidente da Cambridge Analytica, empresa denunciada por manipular informações nas eleições estadunidenses, prejudicando a então candidata democrata, Hillary Clinton", recorda. 

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O professor explica que o propósito de Steve Bannon é acabar com qualquer tipo de pensamento racional, por acreditar que o senso crítico atrapalha o desenvolvimento do modelo capitalista que ele pretende impor ao mundo. "Ele trabalha estimulando ó ódio, a raiva e a frustração nas pessoas", comenta.

"Esse método de Banner foi amplamente divulgado no Brasil nestas eleições. Nenhum eleitor do Bolsonaro conhece suas propostas na área econômica, no entanto, o principal gesto do candidato é uma arma", observa Amadeu. 

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Ele aponta que a chave da manipulação de dados está no algoritmos. "A Cambridge Analytica conseguiu, através do Facebook, buscar diversos dados dos usuários das redes, incluindo seus números de telefone, traçando diversas personalidades, por isso, aquela sua tia evangélica recebe os memes do kit gay e reproduz em diversos grupos", elucida. 

Amadeu afirma que, para promover o disparo em massa de fake news, através do WhatsApp, empresas fornecem cadastros e o cruzamento de banco de dados, tendo acesso a milhares de números de telefones.

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"Bolsonaro não necessariamente precisa comprar esses dados, mas, se algum empresário ligado à sua campanha fizer, está configurado crime eleitoral. Estamos falando de empresas de marketing digital que agem através de caixa dois, violando a legislação eleitoral, se o Judiciário não fizer nada, irá prevaricar". 

Além do judiciário, Amadeu também cobra uma postura do WhatsApp. "Ao invés de lavar as mãos, os responsáveis pelo aplicativo deveriam conter o disparo em massa de mensagens", salienta. "Se quiser, o WhatsApp pode agir, sim, contra fake news", destaca.

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O professor aponta como saída deste cenário a mobilização popular massiva nas redes. "Cada pessoa compromissada com a democracia precisa gravar um vídeo expondo o que sente, dizendo a verdade, enviando para todos seus amigos e familiares. Temos que inundar as redes para contornar a eleição", conclama.

Nós não temos bala mágica, não temos microtargeting. Então vamos inundar as redes, gravar nossos vídeos, com nossos depoimentos, para as pessoas próximas, pede ainda o professor.

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