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Serrano acredita que Bolsonaro irá perseguir os movimentos sociais

Ele estaria amparado no decreto assinado por Michel Temer este ano que unifica um sistema nacional de inteligência contra o crime organizado e dá mais poder político às Forças Armadas, alerta o advogado e professor de Direito à TV 247; Pedro Serrano considera que o País vive em um contexto de totalitarismo fluido e lamenta que muitas lideranças da direita têm diminuído o risco que Jair Bolsonaro representa; assista

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TV 247 - Com o decreto 9527/18, assinado por Michel Temer em outubro de 2018, que unifica um sistema nacional de inteligência com a proposta de combater o crime organizado, as Forças Armadas ganham ainda mais poder político, o que pode dar aval para Jair Bolsonaro perseguir os movimentos sociais.

Esta é a grave constatação de um dos maiores constitucionalistas brasileiros, Pedro Serrano, que também é professor na PUC-SP. Ele considera que o País vive em um contexto de totalitarismo fluido, apontando semelhanças entre a atual conjuntura nacional com a Alemanha nazista de Hitler. "Bolsonaristas agem identicamente aos soldados da SS", compara.

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Com a ascensão da extrema-direita, Serrano considera que o Brasil pode ficar semelhante à Venezuela, mas à direita, em um governo Bolsonaro - o oposto do que prega a campanha do capitão reformado, que associa a esquerda com o país vizinho. "O Brasil pode ser transformado em uma Venezuela de direita, com uma estrutura de poder militarizada, isolamento internacional e perseguição aos opositores", alerta.

Serrano adverte que a linguagem simples do fascismo dialoga num terreno pouco racional e muito emotivo. "O senso comum despreza a ciência, filosofia, artes, fortalecendo o entendimento simplório dos fatos", afirma.

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O professor considera que a oratória de Bolsonaro ganhou adeptos no Brasil porque a sociedade está amedrontada por um discurso que tem como objetivo oprimi-la. "E uma sociedade com medo responde com ódio".

"O Bolsonarista se considera um sujeito equilibrado, justificando seu ódio e violência na figura do inimigo. No regime nazista, os soldados da SS de Hitler também matavam, nos campos de concentração, culpando os judeus pelos assassinatos", resgata Serrano.

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Ele classifica o momento atual como de totalitarismo líquido e afirma que podemos viver agora não "uma ditadura com o Estado de exceção em si, mas com medidas de exceção, que convive com medidas democráticas e nela busca legitimidade, algo complexo".

Serrano destaca que as práticas de exceção no Brasil tiveram início contra a juventude negra e periférica, estendendo-se à perseguição de lideranças políticas e, mais recentemente, com o impeachment fraudulento de Dilma Rousseff.

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Com o decreto, que unifica todos os serviços de informação e inteligência do Estado brasileiro, Serrano acredita que o Estado de exceção no Brasil irá se intensificar, abrindo brecha para a perseguição aos movimentos sociais.

"Esse decreto é até interessante no sentido de unificar informações contra o crime organizado, que de fato deve ser combatido, mas coloca as Forças Armadas no centro do comando da atividade civil de polícia é algo inconstitucional", elucida.

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O advogado alertou ainda para o fato de que muitas lideranças da direita têm diminuído o risco que o candidato do PSL representa. "Essa questão de esquerda versus direita acabou e a direita ainda está presa nisso, não caiu a ficha", aponta.

Inscreva-se na TV 247 e confira a entrevista com Pedro Serrano:

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