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Servidores federais perseguidos dizem viver cada vez mais em uma atmosfera de medo e paranoia desde a posse de Bolsonaro

Dois policiais rodoviários federais curtiram ou escreveram três publicações em redes sociais com mensagens do #EleNão. Sete meses depois, os agentes foram alvo de uma denúncia que culminou um "procedimento de instrução preliminar". Servidores relatam clima de medo e paranóia

Polícia Rodoviária Federal (Foto: PRF/Divulgação)

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247 - O jornalista Rubens Valente relata, em sua coluna publicada nesta terça-feira (9) no portal UOL que, “em 2018, dois policiais rodoviários federais curtiram ou escreveram três publicações em redes sociais com mensagens do #EleNão, hashtag criada nas redes sociais contra o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro, e duas críticas ao ex-juiz federal Sergio Moro. Sete meses depois, os policiais foram alvo de uma denúncia de ‘um servidor que solicitou anonimato’, o que levou a PRF (Polícia Rodoviária Federal) a abrir um "procedimento de instrução preliminar’”.

“Em novembro de 2019, depois de ouvir a defesa dos policiais e fazer diligências para checagem das publicações, a PRF decidiu arquivar o procedimento. O caso não teve maiores consequências para os policiais, mas ajuda a explicar por que servidores federais em Brasília dizem viver cada vez mais em uma atmosfera de medo, insegurança e paranoia desde a posse de Bolsonaro, com relatos de perseguição ideológica e denúncias anônimas”, acrescentou. 

Segundo o jornalista, “a coluna localizou um dos policiais que foi alvo do procedimento. Na PRF há oito anos, Fernando César Borba de Oliveira era o chefe do núcleo de comunicação social da PRF em Curitiba (PR) quando foi denunciado pelo servidor anônimo. Ele disse que o denunciante "fez uma interpretação enviesada da lei 8.112. A lei estabelece que o servidor deve ser leal à instituição onde trabalha, e não a políticos ou ao governo de plantão. No mais, o artigo 5° da Constituição garante a liberdade de expressão e proíbe qualquer tipo de censura’”.

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