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Brasil

Suíça sabia de tortura a opositores no Brasil, diz telegrama de ex-cônsul

Num telegrama de 1973, o então cônsul suíço no Rio, Marcel Guelat, envia um comunicado ao secretário-geral do Departamento de Política do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Ernesto Thalmann, dizendo que a tortura foi "sempre praticada mais ou menos de forma aberta"

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247 - Diplomatas de Berna, na Suíça, tinham conhecimento do uso de violência contra opositores do Regime Militar brasileiro durante a ditadura (1964-1985). É o que apontam documentos confidenciais de uma das chancelarias mais ativas na Europa.

Num telegrama de 24 de outubro de 1973, o então cônsul suíço no Rio, Marcel Guelat, envia um comunicado ao secretário-geral do Departamento de Política do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Ernesto Thalmann, sobre a situação no País. O texto - intitulado "Tortura no Brasil" - era uma resposta a um pedido de Berna por informações.

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O cônsul afirma que a tortura foi "sempre praticada mais ou menos de forma aberta". "Ainda que a situação econômica do Brasil acuse uma recuperação importante, em contraste com os países vizinhos, não é menos verdade que a ditadura militar pretende se manter no governo por meio de uma repressão muito severa", diz. As informações foram publicadas pelo jornal o Estado de S. Paulo.

No envio de informações ao governo suíço, o diplomata cita o Departamento de Ordem Política e Social (Dops), "conhecido por sua brutalidade". "Certas unidades do Exército começam a recorrer a diversos métodos de tortura: punições corporais, queimaduras, eletrochoques, câmaras frias, etc.", disse o diplomata aos seus superiores em Berna.

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Segundo ele, não existiam dúvidas sobre o envolvimento da cúpula do governo brasileiro. "Dada a disciplina militar que reina na tropa, me parece impensável que essas fatos sejam ignorados pelo escalão mais elevado, mas, sim, nos faz acreditar que o governo brasileiro mudou de ideia e que aprova o emprego da tortura, enquanto continua a negar os fatos", afirmou.

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