Temer ignorou ofícios sobre tensão com venezuelanos em Roraima por um ano
O governo Michel Temer ignorou por um ano os pedidos e alertas emitidos pelo governo de Roraima pedindo auxílio para evitar a ampliação da tensão resultante da crise migratória provocada pelo ingresso de venezuelanos no país; segundo a governadora Suely Campos (PP), desde agosto de 2017 foram enviados ofícios sobre a crescente tensão na cidade de Paracaima, inclusive pedindo o auxílio das Forças Armadas, mas que todos foram ignorados, neste final de semana, brasileiros teriam agredido quase 700 venezuelanos e muitos foram expulsos do município
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247 - O governo Michel Temer ignorou por um ano os pedidos e alertas emitidos pelo governo de Roraima pedindo auxílio para evitar a ampliação da tensão resultante da crise migratória provocada pelo ingresso de venezuelanos no país por meio da fronteira daquele Estado. Neste domingo (19), Temer teve uma reunião com membros do seu ministério e anunciou uma série de medidas, incluindo a expedição de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), embora tenha afirmado "que tal iniciativa depende da solicitação expressa da Senhora Governadora do Estado". A governadora Suely Campos (PP) rebateu o Planalto e sustenta que tem enviado ofícios sobre a tensão na cidade de Paracaima desde agosto de 2017.
"Nós, que estamos vivenciando essa crise, apontamos essas e outras soluções em ofícios enviados a Brasília. Infelizmente, foi preciso um episódio de violência para o governo federal entender que precisa enfrentar o problema de forma mais efetiva. Se implementadas, com certeza vão aliviar os impactos para nossa população, mas não resolvem o problema", disse Suely ao jornal O Globo.
Dentre os ofícios, um deles, datado de 8 de agosto de 2017, pede a elaboração do decreto da GLO. "Foi um ano antes da explosão da violência em Paracaima. Ofícios com igual pedido foram protocolados na mesma data no Ministério da Defesa e no Ministério da Justiça", disse a governadora que também afirma ter telefonado para Temer no dia mesmo dia em que o ofício foi enviado.
Neste final de semana, segundo informações do Exército brasileiro, 1,2 mil venezuelanos foram obrigados a sair da cidade de Paracaima após 700 pessoas serem agredidas por brasileiros. A agressão teia acontecido após um comerciante brasileiro ter sido assaltado e espancado por quatro venezuelanos.
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