Tijolaço: Bolsonaro assume que armas são para formar milícias
O jornalista Fernando Brito indagou como seria a reação se a declaração do presidente Jair Bolsonaro, defendendo o armamento da população para fins políticos, fosse feita por uma liderança da esquerda e advertiu: "Não é o povo trabalhador a quem se arma, mas as milícias"
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Por Fernando Brito, no Tijolaço - Ontem, em uma solenidade militar em Caxias do Sul (RS), Jair Bolsonaro assumiu publicamente que sua decisão de liberar o porte de armas vai muito além da ideia de que isso sirva contra a criminalidade que assusta aos brasileiros.
Além das Forças Armadas, defendo o armamento individual para o nosso povo, para que tentações não passem na cabeça de governantes para assumir o poder de forma absoluta. Temos exemplo na América Latina. Não queremos repeti-los. Confiando no povo, confiando nas Forças Armadas, esse mal cada vez mais se afasta de nós.
Ou seja, que o povo armado poderá resistir a golpes de Estado.
Ou, quem sabe, sustentar golpistas.
Se o governante de esquerda falasse algo muito menos direto que isso, seria acusado de, aí sim, querer impor uma ditadura.
Como quem o faz é um presidente de extrema-direita, basta a mesma leitura.
Porque não é o povo trabalhador a quem se arma, mas as milícias.
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