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Brasil

Tijolaço: Penas ao vento

o jornalista Fernando brito, do Tijolaço, destaca que a absolvição do ex-presidente Lula da acusação de obstrução da Justiça no caso do triplex não deve ser vista "como sinal de uma suposta "imparcialidade" da ação judicial", como alardeado pela grande mídia; "É exatamente o contrário", afirma; "O Estado brasileiro, que a PGR deveria representar, denunciou alguém sem o lastro de provas que deveria ter para isso" e que agora "o dano foi feito, é irreversível e, neste caso, sequer um pedido de desculpas será feito", completa

Tijolaço: Penas ao vento (Foto: Ricardo Stuckert)
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Por Fernando Brito, no TijolaçoRubens Valente, na Folha, mostra que a "Absolvição de Lula expõe investigação descuidada de Janot" no caso da delação premiada de Delcídio do Amaral. E não é a opinião do jornalista, mas a do juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal do DF,que, a partir daquele procedimento, autorizou atos de violência jurídica contra o ex-presidente, como o recolhimento de seu passaporte e o fechamento do Instituto Lula.

Em diversos trechos da decisão desta quinta-feira (12) que absolveu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da denúncia de obstrução à Justiça, o juiz federal do DF Ricardo Augusto Soares Leite ressaltou a ausência de provas, a fragilidade de argumentos do Ministério Público e as dúvidas que foram levantadas mas não comprovadas ao longo da apuração.

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A contradição foi tamanha que o promotor Ivan Cláudio Marx, diante da inconsistências das delações, pediu a absolvição.

Isso tem sido apontado como sinal de uma suposta "imparcialidade" da ação judicial.

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É exatamente o contrário.

O Estado brasileiro, que a PGR deveria representar, denunciou alguém sem o lastro de provas que deveria ter para isso. O juiz do processo, igualmente sem provas, proíbiu um cidadão de deslocar-se livremente – provocando, inclusive, o cancelamento de sua presença num evento internacional previamente agendado – e mandou fechar uma instituição particular.

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Sobretudo, um homem de vida pública, que depende como ninguém de sua imagem diante da população foi execrado pela imprensa, a partir disso, como alguém que estava comprando o silêncio de um bandido para se proteger.

É pior que na parábola do travesseiro de penas – a honra – espalhado ao vento do alto na colina, o que torna impossível recolhê-la: o dano foi feito, é irreversível e, neste caso, sequer um pedido de desculpas será feito.

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Uma ação de reparação de danos morais? Esqueça. Este escriba aqui, há 27 anos, foi "indiciado" por estelionato em razão de um talão de cheques que jamais foi seu, roubado do carro forte do próprio banco. 22 anos depois da sentença definitiva que mandou o banco reparar-lhe os danos que causou, continua esperando que a indenização lhe seja paga. Não fora a amizade de advogados que passaram mais de duas décadas ajudando-o, teria gasto o dobro ou o triplo daquilo que, um dia, receberá como indenização...

No caso de Lula, evidente, a gravidade do dano é imensuravelmente maior. O processo, o primeiro em que foi denunciado, serviu para levar lenha à fogueira dos que o queriam condenar em outros, firmando a convicção pública de que um réu, afinal denunciado em seis processos, em algum deles terá culpa.

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Se não foi você, foi seu pai; se não foi seu pai, foi seu avô...

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