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Tijolaço: Testemunhas confirmam o que se sabia: Marielle foi executada

O editor do Tijolaço, Fernando Brito, destaca que após mais de duas semanas da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) a polícia segue tateando às escuras enquanto a imprensa já conseguiu localizar, inclusive, testemunhas oculares do crime; "É, pelo menos, constrangedor que uma repórter ache não uma, mas duas testemunhas oculares e que a Polícia, em 15 dias, não as tenha ouvido. Ao menos, com as testemunhas, fecha-se a porta para algum arranjo que encubra os responsáveis com uma versão de "assalto"", diz Brito

Marielle Franco  (Foto: Paulo Emílio)
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Por Fernando Brito, no Tijolaço - Mais de duas semanas depois do crime, seguimos à míngua de qualquer informação oficial sobre a mecânica do assassinato da vereadora Marielle Franco.

Na edição de hoje de O Globo, porém, tem-se o depoimento de duas pessoas que assistiram ao atentado – e que não foram ouvidas pela Polícia – que confirmam o que todo mundo sabia, embora os extremistas de direita procurassem colocar em dúvida: a vereadora foi vítima de um homicidio premeditado, planejado e realizado por gente com características de "profissional" em operações armadas.

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O relógio digital da esquina das ruas Joaquim Palhares e João Paulo I, no Estácio, local de iluminação precária, marcava 21h14m, do último dia 14, quando um Cobalt prata fechou um carro branco, que quase subiu o meio-fio. A violência com que o motorista do primeiro veículo abordou o segundo, numa curva em direção à Tijuca, chamou a atenção de duas pessoas que estavam a cerca de 15 metros da cena. Uma delas aguardava o sinal fechar para atravessar o cruzamento. Ambas contam que o motorista do veículo branco, um Agile, reduziu a velocidade, na tentativa de não subir a calçada. O susto viria em seguida: o passageiro sentado no banco traseiro do Cobalt abriu a janela, cujo vidro tinha uma película escura, sacou uma pistola de cano alongado e atirou. O som da rajada soou abafado. Numa manobra arriscada, o veículo do agressor deu uma guinada e fugiu pela Joaquim Palhares, cantando pneus.

Uma das testemunhas acha que havia um silenciador, acessório inimaginável para algum tipo de assalto, como de resto toda a mecânica do crime.

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É, pelo menos, constrangedor que uma repórter ache não uma, mas duas testemunhas oculares e que a Polícia, em 15 dias, não as tenha ouvido. Ao menos, com as testemunhas, fecha-se a porta para algum arranjo que encubra os responsáveis com uma versão de "assalto".

O significado político da execução de Marielle e do motorista Anderson Gomes só vai ser exatamente compreendido quando se chegar a seus autores, não com a compreensível indignação com idiotas que procuram forjar ligações da vereadora com o crime ou com palermas vaidosas como a desembargadora boquirrota das redes.

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Os grupos de extermínio e as promiscuidades da polícia com o crime não são novidade. Novidade, a cada dia menos provável, é que sejam responsabilizados.

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