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Tijolaço: Zelotes não tem ‘ouvi dizer’. Entenda a maracutaia

Jornalista Juremir Machado da Silva, do Correio do Povo gaúcho, fez um roteiro para que se entenda exatamente como o ministro do TCU Augusto Nardes, autor de relatório pela rejeição das contas da presidente Dilma no tribunal, está envolvido no esquema de venda de pareceres que beneficiaram empresas que tinham grandes dívidas com o Fisco, como a RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul

Jornalista Juremir Machado da Silva, do Correio do Povo gaúcho, fez um roteiro para que se entenda exatamente como o ministro do TCU Augusto Nardes, autor de relatório pela rejeição das contas da presidente Dilma no tribunal, está envolvido no esquema de venda de pareceres que beneficiaram empresas que tinham grandes dívidas com o Fisco, como a RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul (Foto: Gisele Federicce)
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Por Fernando Brito, do Tijolaço

Paulo Henrique Amorim publicou ontem os documentos da maracutaia envolvendo a RBS (afiliada da Globo no RS) e as empresas do ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes, responsável pelo parecer rejeitando as contas de Dilma Rousseff.

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Abatido por uma febre gripal, confesso que não comentei o assunto por falta de capacidade de raciocinar.

Ainda bem, porque o Juremir Machado da Silva, do Correio do Povo gaúcho, montou o roteirinho, pronto, só faltando desenhar.

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Veja só o que foi apurado:

Resumo da ópera.

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2001: a RBS é autuada. Deve a bagatela de mais de R$ 258 milhões ao fisco. É o resultado de uma operação chamada de casa e separa pela qual se consegue deixar de pagar parte do que se deve ao leão.

2002: A RBS decide recorrer. Contrata o escritório de advocacia Dias de Sousa para isso. O recurso não leva. A dívida é confirmada.

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2003: Novo recurso da RBS leva a melhor.

2005: A Fazenda, finalmente informada, recorre.

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2008: Fazenda perde.

2009 e 2010: guerra de embargos declaratórios.

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2010: Delegacia da Receita Federal de Porto Alegre recorre. Leva.

2011: novos recursos da RBS. Vitória definitiva. O escritório contratado leva mais de R$ 7 milhões pelo êxito. Em 2005, contudo, a RBS contratou uma consultoria para cuidar do caso: a SGR, que se associou à N&P, que hoje se chama Planalto. Assinou o contrato pela RBS o hoje deputado Afonso Motta. A Planalto era de Augusto Nardes, que, no mesmo ano, tornou-se ministro do Tribunal de Contas. Assinou pela N&P Juliano Nardes, sobrinho de Augusto Nardes, que só entraria oficialmente na empresa em 2008. Um dos envolvidos na operação RBS citado é José Ricardo da Silva, conselheiro do CARF, órgão encarregado de julgar os recursos contra a Receita Federal, que foi tragado pelo ralo da Operação Zelotes e vê o sol nascer quadrado. José Ricardo teria transferido recursos para a Ecoglobal Autolocadora de Automóveis, empresa de Juliano Nardes, homem da Planalto, etc.

No Conversa Afiada e no próprio post de Juremir você encontra os documentos e até a “linha do tempo” que reproduzo na imagem.

Documento, registros de transferências bancárias, cadastro de empresas e seus titulares.

Nada de “ouvi dizer”.

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