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Tolmasquim: estrutura do país afasta risco de racionamento

Presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim garante que o Brasil tem condições estruturais que dão segurança e tranquilidade ao setor elétrico e permitem descartar a possibilidade de um racionamento de energia. Segundo ele, a situação atual é "totalmente diferente" da que ocorreu no país em 2001, quando houve apagão e o consequente racionamento

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Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - O país tem condições estruturais que dão segurança e tranquilidade ao setor elétrico e permitem descartar a possibilidade de um racionamento de energia, disse hoje (8), em entrevista coletiva, o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. Ele esclareceu, porém, que, apesar disso, está sendo feito o acompanhamento dos "ciclos da natureza", referindo-se  à questão das chuvas.

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A situação atual é "totalmente diferente" da que ocorreu no país em 2001, segundo o presidente da EPE, quando houve um "apagão" de energia e o consequente racionamento. Àquela época, segundo ele, não havia uma quantidade de usinas térmicas de reserva suficiente para funcionar como uma espécie de seguro ou "colchão" do sistema elétrico.

"É o ponto que faz a diferença e que permite ter uma certa tranquilidade", disse. Tolmasquim acrescentou que "naquela ocasião, não tinha entrado uma quantidade de oferta de energia nem de linhas [de transmissão]".

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Tolmasquim relacionou a expectativa de tranquilidade para este ano à entrada prevista de 9 mil megawatts (MW) de capacidade nova de geração ao longo do ano. O destaque são as usinas hidrelétricas Santo Antonio e Jirau, que adicionarão ao sistema elétrico nacional mais de 3 mil MW. As usinas hídricas correspondem a 40% dos 9 mil MW.

Novas usinas térmicas também estão programadas, representando 2,5 mil MW, ou cerca de 30% do total previsto. O restante são usinas de fontes renováveis, com ênfase para eólicas (energia dos ventos). Em linhas de transmissão, serão implantados 10 mil quilômetros durante o ano.

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"Essa diferença estrutural é uma situação distinta da que ocorreu em 2001", sustentou. Continuou assegurando que hoje, ao contrário daquela época, o país tem um planejamento instalado no setor, leilões de expansão da geração e de transmissão e ainda um comitê de monitoramento do setor elétrico que se reúne mensalmente e envolve agentes do setor, sob a coordenação do Ministério de Minas e Energia.

A expansão das obras em curso no país e a questão da segurança são temas de discussão permanente, garantiu. O comitê se reúne amanhã (9), em Brasília.

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Tolmasquim disse que as usinas térmicas dão segurança ao sistema, mas reconheceu que sua utilização é cara. Ele garantiu que ainda há uma margem de manobra envolvendo 1 mil megawatts de térmicas de combustíveis fósseis que ainda não foram despachadas por motivos diversos, entre eles a importação de gás.  "O que está entrando é uma coisa planejada. Não é uma coisa emergencial. A situação está sob controle." O presidente da EPE reconheceu, entretanto, que seria melhor se o período de  chuvas já tivesse começado.

Em relação às tarifas de energia, Tolmasquim explicou que a queda de 20%, que entrará em vigor em fevereiro, poderá ser afetada por fatores conjunturais, levando a redução a ser maior ou menor. Para ele, as avaliações feitas pelo governo sobre o cenário atual e as séries históricas dão tranquilidade ao setor.

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Dados fornecidos por Tolmasquim mostram que, de 2001 a 2012, a capacidade instalada de geração de energia cresceu 75% no Brasil. Houve aumento de 150% na capacidade instalada de termelétricas, excluindo usinas a biomassa e nuclear. Cerca de 85% dessa expansão ocorreram nos últimos dez anos.

No mesmo período, a capacidade instalada de transmissão evoluiu 68%, "também um valor bastante expressivo". Diferentemente do que sucedeu na época do racionamento, também aumentou em 80% a capacidade de o Sul  fornecer energia para as demais regiões.

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Ao mesmo tempo, triplicou a capacidade de o Nordeste, onde as previsões são de menor volume de chuvas,  importar energia  de outras regiões, informou. "O Nordeste ficou menos vulnerável porque pode contar com as outras regiões".

Antes de 2001, implantavam-se em média no Brasil 1 mil quilômetros de linhas por ano. Nos últimos dez anos, o presidente da EPE  disse que a média tem sido de 4,3 mil quilômetros de linhas de transmissão implantadas por ano.

 

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