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Vazamentos mostram que 'eleições de 2018 não foram democráticas', diz professor de Harvard

"Quando vemos que um dos grandes concorrentes nas últimas eleições talvez tenha sido excluído de forma ilegítima da corrida presidencial, chego à conclusão de que as eleições de 2018 no Brasil não foram completamente democráticas", afirma o professor de ciências políticas em Harvard, Steven Levitsky

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247 - O professor de ciências políticas em Harvard, Steven Levitsky, comentou o conteúdo revelado pelo vazamento de conversas do então juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, divulgadas pelo The Intercept.

"Pelo que agora sabemos, em oposição à história inicial, em que se dizia que o processo legal havia condenado o ex-presidente Lula com base em evidências, percebe-se que não era bem assim. Está claro que, ainda que os crimes sejam verdadeiros, houve um esforço combinado e até mesmo alguns esforços ilícitos de atores do Judiciário para fazer a condenação acontecer", afirmou o professor em entrevista a Fabio Manzano, do jornal O Estado de S. Paulo.

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Em setembro do ano passado, Levitsky previu em entrevista que o Brasil caminhava para um crise institucional entre presidente e Congresso, Judiciário e imprensa. Ele é coautor do best seller "Como morrem as democracias".

Na entrevista, ele falou sobre o processo eleitoral brasileiro, que na sua avaliação foi fraudado diante das revelações trazidas pelas conversas de Moro e os procuradores. "Quando vemos que um dos grandes concorrentes nas últimas eleições talvez tenha sido excluído de forma ilegítima da corrida presidencial, chego à conclusão de que as eleições de 2018 no Brasil não foram completamente democráticas. E é uma triste conclusão a se chegar", enfatizou, se referindo a condenação e prisão do ex-presidente Lula por Moro, que o impediu de participar das eleições de 2018.

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Questionado se a democracia brasileira está sob ameaça, o professor é categórico: "Com certeza".

"Ainda que o Brasil tenha uma das democracias mais fortes da América Latina, e eu acho que há uma boa chance de que ela sobreviva, por outro lado tudo pode acabar", disse ele.

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"A opinião pública, a confiança nas instituições democráticas, está baixa. Há uma perspectiva generalizada, que é baseada parcialmente na realidade, de que toda a elite política é corrupta. Há muito mais confiança da opinião pública nas Forças Armadas, do que em qualquer instituição democrática. Mais do que no Congresso, ou nos políticos e nos partidos. Isso é extremamente perigoso, sobretudo em um cenário de profunda polarização entre esquerda e direita no país", argumentou.

 

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