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Coronavirus

“A alternativa ao isolamento é muito mais gente morrer, não tem outra”, diz bióloga

A bióloga e pós-doutora em microbiologia, Natália Pasternak, lembra que não há ainda nenhum medicamento para tratar o coronavírus e que relaxar o isolamento seria decretar a morte de muitas pessoas por falta de condições para tratá-las

Natália Pasternak, Nelson Teich e Jair Bolsonaro (Foto: Wikimedia commons | Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
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Agência Pública - Divulgar a ciência é uma das missões da bióloga e microbiologista Natália Pasternak, pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da USP e fundadora do Instituto Questão de Ciência e autora do livro “Ciência no Cotidiano”, da Editora Contexto. Uma qualificação que nunca se mostrou tão importante como agora, em que todos precisamos aprender ciência para entender as melhores estratégias para combater a pandemia.

“Espero que a gente confie cada vez mais na ciência para ter maior sucesso em uma próxima pandemia”, diz a cientista, que lamenta a falta de investimento em ciência, especialmente no Brasil, onde temos profissionais com grande capacidade técnica, mas poucos recursos governamentais. “A gente não consegue fazer ciência sem equipamento adequado, sem insumos, sem bolsa de estudos para os nossos alunos, a gente não vai tirar do chapéu. Por mais que a gente tenha capacidade intelectual, capacidade técnica e muita vontade de fazer”.

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Nessa entrevista ela busca desfazer ilusões, alertando para o risco de remédios como a cloroquina estarem sendo usados até em pacientes leves, e combatendo a ideia de que poderíamos voltar a trabalhar e nos imunizar naturalmente, como chegou a sugerir o presidente Jair Bolsonaro.

“O que o Bolsonaro falou é muito parecido com o que disse o Boris Johnson na Inglaterra, mas o conceito da imunidade de rebanho está distorcido na cabeça dos dois líderes’, explica. “Como a gente não tem vacina, a única maneira de atingir a imunidade de rebanho é uma grande parcela da população se infectar, adquirir anticorpos, e isso vai acontecer. O que o isolamento social faz é garantir que isso aconteça bem devagar pra dar tempo da gente cuidar dos nossos doentes, para ter leito, respirador pra todo mundo. Se relaxa, vai ficar um monte de gente doente ao mesmo tempo e vai morrer um monte de gente por falta de atendimento. A alternativa ao isolamento é morrer muito mais gente, não tem outra”.

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Leia a íntegra na Agência Pública.

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